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Cientistas criam adesivo capaz de fornecer medicação contra o cancro num minuto

adesivo contra o cancro

Os números são da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo que conta, por ano, 12 mil novos casos de cancro da pele em Portugal, mil dos quais melanomas, a forma mais grave. Agora, um grupo de investigadores desenvolveu um adesivo de ação rápida que distribui eficientemente a medicação para atacar as células do melanoma.

Apresentado no encontro nacional da American Chemical Society no próximo outono, o adesivo foi testado em ratos de laboratório e amostras de pele humana, tratando-se de um avanço em direção ao desenvolvimento de uma vacina para tratar o melanoma ou outras doenças.

“O nosso adesivo possui um revestimento químico e um modo de ação único, que permite que seja aplicado e removido da pele em apenas um minuto, enquanto administra uma dose terapêutica de medicamentos”, refere Yanpu He, estudante de pós-graduação que ajudou a desenvolver o dispositivo.

“Os nossos adesivos provocam uma resposta robusta de anticorpos em ratinhos vivos e há a promessa de provocarem uma forte resposta imunológica na pele humana.”

Promessa de vacina em forma de adesivo

As pomadas podem ser usadas como medicamentos, mas não vão além da superfície da pele. Embora as seringas sejam uma forma eficaz de administração as terapêuticas, podem ser não só dolorosas, mas também inconvenientes, levando a uma interrupção do tratamento.

Estes adesivos são uma forma fácil, indolor de administrar o tratamento e com resultados, pelo menos nos ratinhos. Nestes, o tratamento com os adesivos produziu nove vezes mais anticorpos que as injeções intramusculares e 160 vezes o nível de anticorpos das injeções subcutâneas, tendo dado provas de resultados em amostras cirúrgicas de pele humana.

“A nossa tecnologia pode ser usada em vacinas para combater diferentes doenças infecciosas”, explica Paula T. Hammond, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). “Mas estamos entusiasmados com a possibilidade de que seja outra ferramenta no arsenal dos oncologistas contra o cancro, especificamente o melanoma.”

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