Ter uma boa alimentação é uma parte importante da saúde em geral, o que é válido para todos, pessoas com ou sem cancro, sobreviventes, cuidadores ou familiares. Mas a prática de uma alimentação saudável demonstrou ajudar a prevenir o cancro e a recorrência do mesmo, partilha Kristin Waldron, nutricionista clínica do Rutgers Cancer Institute of New Jersey, nos EUA.
A alimentação pode ajudar a prevenir muitas doenças crónicas que aumentam o risco de cancro, como a obesidade. Para ajudar a reduzir o risco de tumores malignos, é fundamental aprender a consumir uma dieta saudável e nutritiva, o que inclui a ingestão de muita fruta, vegetais e grãos integrais.
Várias frutas e vegetais contêm fitoquímicos, substâncias que apresentam propriedades antioxidantes e anticancerígenas. Os mirtilos, morangos e framboesas são fontes ricas em ácido elágico, um fitoquímico que, de acordo com a investigação mais recente, pode ajudar a prevenir o cancro da bexiga, mama, esófago, pulmão e pele.
Já a melancia, pimento vermelho e tomate contêm um poderoso antioxidante chamado licopeno, que muitos estudos já confirmaram ser capaz de ajudar na defesa contra o cancro da próstata.
As cerejas, por seu lado, contêm antocianina, que demonstrou a capacidade de destruir o crescimento de células cancerígenas sem afetar as células saudáveis.
Espinafres e couves contêm carotenoides, como luteína e zeaxantina, que ajudam a prevenir o cancro da boca, faringe e laringe, enquanto os compostos de polifenóis encontrados em pêssegos e ameixas estão atualmente a ser alvo de estudo devido à sua capacidade de destruição das células do cancro da mama.
A estes juntam-se ainda uma quantidade abundante de diferentes fitoquímicos que existem de forma natural nas frutas e vegetais e que nos proporcionam vários benefícios para a saúde.
Uma dieta bem equilibrada, aliada à prática regular de atividade física, é essencial durante o tratamento do cancro, que pode incluir radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal, imunoterapia e/ou cirurgia. Estes procedimentos e medicamentos podem fazer com que muitos indivíduos percam o apetite e a energia, colocando os doentes em risco aumentado de desnutrição.
É, por isso, muito importante tentar fazer escolhas alimentares que forneçam calorias, nutrientes e líquidos suficientes.