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INFARMED e APOGEN dementem acusação de açambarcamento de medicamentos

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A Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN) e a Medicines for Europe, associação europeia que representa as empresas farmacêuticas da indústria de medicamentos genéricos e biossimilares, distanciam-se das acusações de açambarcamento de medicamentos, que têm sido feitas a países como Portugal e Áustria, através de declarações proferidas pela Affordable Medicines Europe. O INFARMED faz o mesmo.

Em comunicado, a APOGEN avança que, “para fazer face a esta pandemia, a Medicines for Europe e a APOGEN recomendaram recentemente a criação de uma ‘Via Verde Europeia’ para o transporte de medicamentos, justamente para agilizar o envio de medicamentos, que só deve ser feito em caso de necessidade real”.

A esta medida juntaram outras, com igual propósito: garantir o normal funcionamento da indústria nacional de medicamentos e assegurar a liberdade de circulação dos mesmos, de matérias primas e equipamentos de proteção individual em Portugal e na Europa.

“Compreendemos que os governos dos vários países são atualmente confrontados com uma grande crise e que estão a tomar ações para proteger as suas populações. Sabemos que tal requer um debate equilibrado sobre a procura e a oferta, bem como os caminhos para encontrar soluções e estamos, como sempre, ao dispor para ajudar na solução.”

No entanto, recusam a ideia de açambarcamento de medicamentos. E o mesmo faz a Autoridade Nacional do Medicamento que, também em comunicado, refere que “Portugal tem adotado uma postura de total transparência e disponibilidade para articular com todos os parceiros europeus da área do medicamento. Neste sentido, falar em açambarcamento é um total absurdo”.

No que diz respeito ao “reforço de stocks de medicamentos para o tratamento dos doentes, todos os países da Europa têm adotado as mesmas práticas”, refere o INFARMED. “Este reforço, tem sido feito em articulação com a industria farmacêutica nacional e internacional, para que se possa aumentar a produção de forma a fazer face às necessidades dos doentes, com o inerente aumento dos consumos”.

Em articulação com a Agência Europeia de Medicamentos e com a rede de Autoridades do Medicamento dos outros Estados Membros, garante estar “a monitorizar a disponibilidade de medicamentos (stock da indústria) no sentido de evitar faltas, nomeadamente dos medicamentos essenciais e dos que são apontados como tendo algum potencial terapêutico no combate à COVID-19“.

No mesmo comunicado, reforça que as nossas preocupações “estão no plano de prestar os melhores cuidados aos doentes, nomeadamente evitar a escassez e a falta de acesso ao medicamento, em particular num período tão crítico como este, e não gerir um excedente que não deve existir”.

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