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Especialistas recomendam novo ‘medicamento’ para doenças mentais

medicamento para doenças mentais

Há um novo ‘medicamento’ recomendado para o tratamento da esquizofrenia e depressão, que não só não tem efeitos secundários, como tem benefícios que chegam a outras áreas da saúde. Para a Associação Europeia de Psiquiatria, não há dúvidas que o exercício físico pode e deve ser promovido como tratamento adicional para as doenças mentais.

A revisão de vários estudos deu origem a um conjunto de diretrizes, que sugerem que um regime de exercício estruturado deve ser adicionado à medicação padrão e à psicoterapia. 

Bastarão 150 minutos de exercício aeróbico de intensidade moderada, duas a três vezes por semana, para reduzir os sintomas de depressão e esquizofrenia e melhorar a cognição e a saúde cardiorrespiratória nestes doentes.

“A revisão abrangente que fizemos mostra de forma clara que a atividade física tem um papel central na redução da carga de sintomas de saúde mental em pessoas com depressão e esquizofrenia”, refere Brendon Stubbs, especialista do King’s College London, Reino Unido.

“É hora de retirar a atividade física da periferia da saúde e torná-la uma componente central no tratamento dos problemas de saúde mental.”

Associação pede ginásios nos hospitais

Mesmo com medicação adequada, a recuperação total e de longo prazo de quem sofre com doença mental fica frequentemente por conseguir. E, aos problemas mentais, estes doentes juntam uma saúde física pobre, o que leva esta população a morrer prematuramente.

“Os sinais e sintomas de doenças cardiovasculares prematuras podem ser identificados no início do curso da doença mental, quando os doentes estão na casa dos 30, 40 anos”, refere Kai G. Kahl,  da Escola de Medicina de Hannover, na Alemanha.

“São claramente necessárias intervenções que modificam os riscos cardiometabólicos e devem ser recomendadas o mais cedo possível, como parte integrante de um plano de tratamento multimodal.”

O que significa que são urgentemente necessários novos tratamentos adicionais para as doenças mentais, capazes de permitir a recuperação completa e abordar os problemas de saúde física que afetam estes doentes.

Nesse sentido, a Associação Europeia de Psiquiatria vai mais longe e defende mudanças estruturais nos hospitais e nas instituições encarregues do tratamento dos transtornos mentais, apelando à criação de espaços para a prática de exercício e à existência de profissionais destinados a dar-lhe apoio.

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