É, de acordo com o World Cancer Research Fund, o sexto cancro mais comum nas mulheres e o 15.º em geral. Foi para tentar perceber as causas do cancro do endométrio que se debruçou um grupo de investigadores, que identificou 24 variantes genéticas que predispõem as mulheres a este tipo de tumor maligno.
Publicada na revista científica Journal of Medical Genetics, a avaliação de 149 estudos científicos, que é considerada a mais abrangente, foi liderada por Emma Crosbie, professora de Oncologia Ginecológica da Universidade de Manchester e tinha como grande objetivo desenvolver estratégias específicas de triagem e prevenção para mulheres com maior risco da doença.
Embora cada variante genética altere o risco de cancro em apenas uma pequena fração, quando todas as 24 variantes são combinadas, as mulheres com pontuação no top 1% têm um risco de cancro do endométrio mais de três vezes superior ao risco médio.
Transformar a ciência em tratamento para o cancro do endométrio
“A investigação na área da prevenção e deteção precoce do cancro está a ajudar a transformar os mais recentes avanços científicos no cancro do endométrio em exames e tratamentos que salvam vidas de doentes”, afirma Emma Crosbie.
“Como muitos dos estudos realizados até ao momento têm qualidade variável, consideramos importante entender as predisposições genéticas mais completas para este tipo de cancro e esperamos que o nosso trabalho facilite a avaliação de riscos personalizada, para que a prevenção e a triagem possam ser direcionadas com mais eficácia”, acrescenta.