
Comer frequentemente frutos secos e sementes pode reduzir o risco de doenças cardíacas, revela uma nova e importante revisão dos estudos feitos sobre este tema, que confirmam que estes são snacks ‘amigos’ do coração.
Os frutos secos baixam os níveis de colesterol e estão associados a um risco mais baixo de doença cardiovascular. Ao comer frutos secos, reduz-se o risco de sofrer ou de morte por ataque cardíaco, mostra uma nova revisão sistemática e meta-análise de 60 estudos anteriores, levada a cabo por investigadores que trabalham na Universidade de Oslo e no Instituto Karolinska, em Estocolmo, assim como noutras instituições.
“Se comer um punhado de frutos secos todos os dias, ou seja, cerca de 30 gramas, terá um risco 20 a 25% menor de sofrer de doenças cardiovasculares.”
Erik Arnesen, investigador da Universidade de Oslo e primeiro autor do estudo, enfatiza que embora os cientistas digam “quanto mais melhor”, comer apenas algumas nozes é melhor do que não comer nenhuma. Amêndoas, pistácios e nozes parecem ser os melhores para baixar o colesterol, mas de acordo com Arnesen não há até agora provas conclusivas para recomendar tipos específicos de frutos secos.
“Os frutos secos têm um efeito benéfico nos níveis de colesterol no sangue, que é importante manter baixo para evitar a acumulação de gordura nas artérias. Esta aterosclerose, como é chamada, é um dos maiores fatores de risco de ataques cardíacos”, explica.
Os investigadores foram também convidados a investigar se o consumo de frutos secos reduziria ainda o risco de AVC e diabetes tipo 2. “Não temos a certeza acerca disto. Os frutos secos não parecem afetar a pressão arterial, que é um dos fatores de risco por detrás dos AVC. Também não podemos ter a certeza se os frutos secos são bons para os níveis de açúcar no sangue, que estão associados ao risco de diabetes tipo 2″, diz Arnesen.
No entanto, quando se trata da saúde cardiovascular, a conclusão é que comer nozes é vantajoso. “Embora vários estudos tenham indicado o mesmo, esta é a maior revisão até agora sobre saúde cardiovascular”, refere o investigador, que considera que, “graças a esta revisão, podemos apresentar uma estimativa mais precisa dos efeitos reais”.