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Investigadores desenvolvem tecnologia que identifica risco de parto prematuro

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Uma ‘app’ capaz de ajudar a identificar as mulheres que vão ter bebés prematuros está a ser desenvolvida por investigadores britânicos. O objetivo? Identificar de forma rápida e simples as futuras mamãs que precisam de tratamento especial, reduzindo a carga emocional e financeira das famílias e dos serviços de saúde.

Uma equipa de investigadores do Departamento de Saúde da Mulher e da Criança do King’s College London criou uma aplicação para smartphone fácil de usar, o QUiPP v2, que permitirá que médicos calculem rapidamente o risco individual de uma mulher ter um parto prematuro, ajudando a garantir que as grávidas que precisam de tratamentos especiais recebem os medicamentos no momento certo, mas também a tranquilizar as mulheres quando o risco é baixo.

Quando os bebés nascem cedo, antes das 37 semanas de gestação, aumenta o risco de problemas físicos, de desenvolvimento e emocionais e até, em alguns casos, de morte. Isso pode resultar numa enorme carga emocional e financeira para as famílias e em custos substanciais para os serviços de saúde.

Sabe-se que algumas mulheres têm maior probabilidade de ter o seu bebé precocemente e algumas apresentam sintomas de trabalho de parto muito cedo. Se identificadas, podem receber monitorização extra e/ou tratamentos especiais que visem impedir o parto precoce e garantir que os bebés tenham a melhor probabilidade de sobreviver sem problemas a longo prazo.

O QUiPP v2 calcula o risco com base nos fatores de risco individuais da mulher, como parto prematuro anterior, aborto tardio ou sintomas, juntamente com resultados de testes clínicos que ajudam a prever o nascimento prematuro, apresentando uma pontuação individual de risco através de uma percentagem simples.

O peso do parto prematuro

Em dois artigos, publicados na revista Ultrasound in Obstetrics and Gynecology, os autores mostram como desenvolveram e testaram os algoritmos complicados (cálculos matemáticos) incorporados na ‘app’, que calculam a percentagem de risco.

“Estamos muito satisfeitos por poder partilhar as descobertas do nosso trabalho, que mostram que a aplicação QUiPP é muito confiável na previsão de nascimentos prematuros em mulheres em risco”, afirma Jenny Carter, investigadora e principal autora do artigo.

“Isso deve significar que que seja oferecido tratamento adequado às mulheres que precisam de tratamento e também que os médicos e as mulheres possam ser tranquilizados quando estes tratamentos não são necessários, o que reduz a possibilidade de efeitos negativos e custos desnecessários para o serviço nacional de saúde”, acrescenta.

Nadine Dorries, ministra britânica para a Segurança do Doente, considera que “a alegria que um recém-nascido traz pode ser cruelmente contrastada com o medo de um bebé nascer muito cedo. Ser capaz de identificar as mães com risco de um parto prematuro o mais cedo possível pode ajudar os médicos a intervir mais cedo, melhorar a segurança e, finalmente, salvar vidas”.

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