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Os projetos do OPP que querem mudar a saúde nacional

Orçamento Participativo Portugal

Depois do sucesso de 2017, o Orçamento Participativo Portugal (OPP) está de volta. As votações estão abertas até 30 de setembro para um total de 692 projetos, 50 dos quais na área da saúde. De consultas domiciliárias para menores, inscrições online nos centros de saúde ou música nos hospitais, são muitas as opções à espera dos votos dos portugueses.

Do total dos 600 projetos votados no ano passado, encontram-se em fase de concretização os 38 que recolheram a maioria dos cerca de 80 mil votos no OPP 2017. Este ano, com um orçamento superior – cinco milhões de euros, mais dois milhões que o disponibilizado na primeira edição-, são também mais os projetos a votos (mais 92). 

Ideias para todos os gostos

Dos 50 projetos a votação na área da saúde, 19 são de âmbito nacional. É o caso do projeto #133, que tem como objetivo tornar “mais robusta e eficaz” a plataforma de apoio à Biblioteca de Literacia em Saúde, disponível no Portal SNS, e que, desde 2016, tem vindo a divulgar recursos com vista à promoção da literacia em saúde dos portugueses. 

Tornar mais fácil a vida de pais e filhos é o que pretende o projeto #788, que propõe a criação de uma equipa constituída por um médico e um enfermeiro, que se deslocam a casa nas situações que impedem os menores de ir à escola mas não exigem tratamentos hospitalares urgentes. Evita-se, assim que a criança tenha de estar no Centro de Saúde com outras pessoas doentes e permite-se aos pais aceder à justificação de falta ao trabalho.

A proposta #815 quer “contribuir para o conhecimento dos principais parasitas encontrados nas fezes dos animais errantes e de estimação em Portugal” e, ao mesmo tempo, consciencializar e sensibilizar a população sobre “a importância da desparasitação e cuidados veterinários continuados e o não abandono”.

Já o projeto “Move a Saúde” (#129) visa a criação de quatro aplicações para dispositivos móveis e fixos, que pretendem “proporcionar à população em geral, programas de exercício físico, com vista a melhorarem a sua saúde e qualidade de vida”.

Serviços em casa e fora dela

A lista não se fica por aqui. Uma “saúde perto de todos” é o desejo da proposta #783, que se propõe “implementar a prestação de serviços ao domicílio, contemplando áreas como a fisioterapia, a enfermagem, a nutrição e a psicologia”, em zonas isoladas e numa parceria com hospitais, centros de saúde, câmaras municipais e juntas de freguesia, entre outras.

A prevenção do suicídio é a missão da proposta ‘Gerações em rede pela saúde mental’ – GENTAL (#793), enquanto a #836 deseja ajudar os portugueses a interpretar as informações dos rótulos dos alimentos.

Levar a música a crianças e Jovens em Risco Institucionalizados é outra das propostas (#138), à qual se junta outra, que pretende “aumentar o número de cidadãos com conhecimentos e formação na área de primeiros socorros com capacidade de socorrer uma vítima, diminuindo assim o número de mortes por acidentes ou doença súbita” (#145).

Uma aposta na prevenção e saúde

A realização de um documentário sobre dependências (#139) e o reforço do apoio psicológico aos profissionais de socorro/emergência em território nacional (#144), são mais dois dos projetos, de uma lista onde se inclui ainda a ideia de equipar as salas de espera das unidades de saúde primários com dispositivos audiovisuais interativos, “dotados de conteúdo adequado de informação, capacitação e formação dos utentes” (#132).

Um espaço para cuidados dos pais que têm filhos institucionalizados (#808), promover e incentivar o envelhecimento ativo e saudável (#143), lançar um Programa de Reforma Estrutural assente na revisão das Recomendações Alimentares em Portugal (#137), realizar tratamentos orais gratuitos para crianças (#789) ou criar uma plataforma para inscrição online nos centros de saúde e atribuição de médico de família online (#827) também constam das propostas.

Mudar o modelo de transportes para doentes com patologia oncológica (#792) e desenvolver e implementar projetos e intervenções musicais em contextos comunitários e institucionais de cuidados de saúde, de educação e de ação social, particularmente dirigidas a crianças, idosos e grupos de risco (#795).

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