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Portugal desaconselha viagens à República Democrática do Congo devido ao ébola

surto de ébola

Há dois dias, o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde declarava o estado de Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional na República Democrática do Congo, na sequência do surto de ébola. Agora, é a vez das autoridades portuguesas reagirem, desaconselhando as viagens não indispensáveis a áreas afetadas daquele país africano.

Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinha a existência de planos nacionais de contingência e orientações já implementadas para esta situação, que são objeto de revisão contínua e confirma estar a acompanhar a evolução do surto, desde agosto de 2018, procedendo à divulgação de informação à rede de Autoridades de Saúde, hospitais de referência e parceiros relevantes.

“O risco de introdução e propagação do vírus na União Europeia continua a ser muito baixo, mas só será nulo quando for interrompida a transmissão a nível local, na República Democrática do Congo”, lê-se no documento, agora divulgado.

Desaconselham-se, por isso, todas as viagens não indispensáveis às áreas afetadas. No caso destas serem mesmo essenciais, a DGS aconselha alguns cuidados: “não contactar com doentes ou cadáveres infetados com ébola, evitar o consumo de carne de caça e contacto com animais selvagens, vivos ou mortos, lavar e descascar a fruta e vegetais antes do seu consumo e utilizar apenas água potável, lavar as mãos regularmente usando sabão ou antisséticos e garantir práticas sexuais seguras.

A DGS confirma ainda a constituição de um grupo de trabalho para as medidas de preparação e resposta a esta Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional, comprometendo-se a atualizar a informação, sempre que necessário em www.dgs.pt e em www.ebola.dgs.pt.

Ébola, um vírus mortal

O ébola é um vírus que se encontra, em alguns países africanos, em reservatórios naturais. Descoberto pela primeira vez em 1976, têm sido, desde então, vários os surtos da doença, que como sintomas mais frequentes a febre, náuseas, vómitos e diarreia, dores abdominais, dores musculares, dores de cabeça, dores de garganta, fraqueza e hemorragia inexplicada, que aparecem subitamente entre dois e 21 dias após a exposição ao vírus.

A fase seguinte da doença pode caracterizar-se pelo aparecimento de manchas na pele, insuficiência hepática e renal, com alguns doentes a apresentarem hemorragias internas e externas abundantes e insuficiência de vários órgãos.

Para quem regressou há menos de 21 dias de um dos países afetados pelo surto e tiver um ou vários dos sintomas descritos, as autoridades de saúde não aconselham a que se desloque e pedem que evite o contacto com outros. Em vez disso, deve ligar para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24), descrever os seus sintomas e informar de que país regressou.

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