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Projeto quer melhorar a vida das crianças com perturbações da linguagem

crianças com perturbação da linguagem

Seis por cento das crianças apresentam perturbações da linguagem sem razão aparente, que se traduzem em dificuldades em aprender a ler e escrever quando entram para a escola. Agora, há um projeto nacional que quer ajudá-las, criando estratégias de diagnóstico e de intervenção mais eficazes.

Com a participação do CINTESIS e da Universidade de Aveiro, o trabalho vai traçar o perfil neurocognitivo, no nosso país, das crianças com Perturbação do Desenvolvimento da Linguagem, também conhecida como Perturbação Específica da Linguagem. Para isso, irá avaliar cerca de cem crianças em idade pré-escolar.

“As crianças com este tipo de perturbação, cuja prevalência estimada é de 6 por cento apresentam alterações significativas da linguagem sem uma causa conhecida”, explica Marisa Lousada, investigadora do polo CINTESIS da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro.

Para além disso, acrescenta “estas crianças apresentam, frequentemente, dificuldades graves ao nível da aprendizagem da leitura e da escrita”.

Ajudar a fazer diagnósticos precoces

Um dos objetivos é ajudar a criar estratégias de diagnóstico e de intervenção mais eficazes e evitar que estas crianças desenvolvam Dislexia Desenvolvimental no momento da entrada na escolaridade, como acontece em cerca de metade dos casos.

“Esperamos contribuir para um conhecimento aprofundado da Perturbação do Desenvolvimento da Linguagem. Pretendemos também conhecer os marcadores que podem ajudar a identificar de forma atempada as crianças que vão apresentar dificuldades severas a nível escolar”, refere a investigadora.

“No final, poder-se-á desenvolver programas de intervenção para crianças com esta perturbação, de modo a minimizar os efeitos ao nível do sucesso escolar.”

Liderado pela Universidade do Minho, o projeto “Correlatos neurodesenvolvimentais dos mecanismos implícitos-explícitos de aprendizagem em crianças com Perturbação Específica de Linguagem: Evidência com potenciais evocados cerebrais”, conta com a participação da Universidade de Aveiro/CINTESIS e do Instituto Politécnico do Porto.

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