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Sarampo é ameaça grave para bebés, crianças pequenas e adultos jovens sem a vacina

pés de um bebé

Com o mais recente surto de sarampo ainda bem presente na mente dos portugueses, um estudo do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) veio confirmar que há (boas) razões para apostar na vacinação. É que a grande maioria dos casos da doença na Europa foram diagnosticados em pessoas sem a vacina, sendo muito elevado o risco de mortalidade para as crianças menores de dois anos.

O trabalho, apresentado no 28.º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas por Emmanuel Robesyn, um dos seus autores, analisou os dados existentes e procurou determinar as eventuais diferenças entre os indivíduos mais jovens e as populações mais velhas infetadas com a doença.

Foram avaliados todos os 37.365 casos de sarampo notificados ao ECDC entre 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2017, tendo sido verificado que 81% de todos os casos eram de pessoas sem a vacina, tendo a maioria das situações ocorrido em Itália, na Roménia, Alemanha, Holanda e Reino Unido.

Ainda de acordo com o estudo:

  • 33% dos doentes foram hospitalizados;
  • 11% tiveram pneumonia;
  • 81% envolveram maiores de dois anos;
  • dos restantes 19%, verificou-se que 9% tinham um ano e 10% tinham menos de um ano.

A taxa de doentes que morreram destacou o impacto que o sarampo teve nas populações mais jovens. A análise do ECDC mostra que um em cada 1.000 doentes morreu e, destes, a maioria foi nas populações mais jovens. De facto, as crianças de um ano tiveram seis vezes mais probabilidade de morrer vítimas da doença, em comparação com os de dois anos ou mais. No caso dos menores de um ano, o risco aumentou para as sete vezes.

Fim do sarampo

A Organização Mundial de Saúde estabeleceu metas para a eliminação do sarampo e da rubéola, sendo uma das principais ações para atingir esses objetivos a manutenção de elevadas taxas de imunização.

 

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