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Skype, uma arma no combate à depressão nos idosos

skype para combater depressão

É fácil imaginar um idoso a viver sozinho, sobretudo num país como o nosso, onde se contam, de acordo com os dados do Pordata, 2,2 milhões de pessoas com 65 ou mais anos. E não é também difícil imaginar esse idoso viúvo, longe da família, sem conexões sociais que o isolam do mundo. Um isolamento que leva à depressão grave que, de acordo com as estimativas, afeta quase 5% dos adultos com 50 ou mais anos. E se, para o evitar, bastasse apenas recorrer à tecnologia?

Um novo estudo, realizado por investigadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon (OHSU), nos Estados Unidos, verificou que, de entre quatro tecnologias de comunicação online – email, chat de vídeo, redes sociais e mensagens instantâneas -, o uso do chat de vídeo para comunicar com amigos e familiares parece ser a que mais promete na luta contra a depressão entre os idosos.

Publicados na revista científica American Journal of Geriatric Psychiatry, os dados permitem concluir que “o chat de vídeo é o campeão indiscutível”, explica o autor principal do trabalho, Alan Teo, professor de psiquiatria na OHSU.

“Os adultos mais velhos que usavam o chat de vídeo, como o Skype, apresentavam um risco significativamente menor de depressão.”

Comunicação cara a cara, a melhor solução

Foram, ao todo, identificados 1.424 participantes, que responderam a um conjunto de perguntas sobre o uso de tecnologia e a um inquérito, dois anos depois, que mediu, entre outras coisas, os sintomas depressivos.

Aqueles que usaram e-mail, mensagens instantâneas ou redes sociais, como o Facebook, tiveram praticamente a mesma taxa de sintomas depressivos que os adultos mais velhos que não usaram nenhuma tecnologia de comunicação.

Pelo contrário, os investigadores descobriram que aqueles que usavam o Skype ou o FaceTime apresentavam quase metade da probabilidade estimada de sintomas depressivos, após ajustes para outros fatores que poderiam confundir os resultados, como depressão preexistente e nível de instrução.

“Até onde percebemos, este é o primeiro estudo a demonstrar uma potencial ligação entre o chat de vídeo e a prevenção de sintomas clinicamente significativos de depressão em adultos mais velhos”, defendem os autores do trabalho.

Algo que nem é muito surpreendente, reforçam os investigadores, uma vez que esta forma de comunicação envolve os utilizadores cara a cara, em vez de os ter passivamente a fazer scroll no feed do Facebook.

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