
Qual o impacto das mudanças ambientais nas alergias? Uma revisão publicada na revista científica The Laryngoscope quis responder a esta questão e descobriu que os efeitos das alterações climáticas nas estações do ano e nas concentrações de pólen estão a contribuir para o aumento das taxas de rinite alérgica, ou febre dos fenos.
Quando os investigadores deste trabalho avaliaram a investigação publicada entre 2000 e 2023, identificaram 30 estudos que reportaram o estado epidemiológico atual de alergias como a rinite alérgica, descreveram fatores relacionados com as alterações climáticas e observaram como o aquecimento global está a afetar as estações do pólen e os sintomas de alergias.
Dezasseis estudos reportaram estações polínicas mais longas e/ou maiores concentrações de pólen relacionadas com as alterações climáticas; quatro estudos relataram um aumento na utilização de serviços de saúde relacionados com a rinite alérgica, sobretudo entre os residentes com rendimentos mais baixos, e dois estudos referiram que os profissionais de saúde querem mais educação sobre as alterações climáticas.
“Os médicos estão numa posição única para testemunhar o impacto da rinite alérgica nos resultados dos doentes e podem adaptar a sua prática à medida que as alterações climáticas se intensificam”, refere a autora correspondente Alisha R. Pershad, estudante de medicina na Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos EUA.
“Como vozes de confiança na comunidade, devem aproveitar a sua experiência na linha da frente para defender mudanças significativas na forma como enfrentamos a crise climática.”