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Risco de fraturas ósseas é maior para as pessoas com diabetes

fraturas ósseas

As pessoas que vivem com diabetes correm um maior risco de fraturas ósseas, revela uma nova investigação liderada pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

O estudo concluiu que pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 têm um risco aumentado de sofrer fraturas da anca e não vertebrais (aquelas que não ocorrem na coluna vertebral ou no crânio), risco que é maior para quem vive com diabetes tipo 1, isto apesar de o uso de insulina e o período de tempo com que alguém vive com a doença aumentarem o risco para pessoas com diabetes tipo 2.

A diabetes tem associada uma série de complicações bem conhecidas, ainda que este estudo destaque o impacto de uma das que é menos falada, a saúde óssea, com foco específico nas fraturas.

“A diabetes pode causar uma série de complicações conhecidas, incluindo problemas renais, perda de visão, problemas nos pés e danos nos nervos. No entanto, até agora muitas pessoas com diabetes e os seus médicos não sabiam que também correm maior risco de fraturas ósseas”, confirma Tatiane Vilaca, especialista do Centro Mellanby de Investigação Óssea da Universidade de Sheffield e líder do estudo.

“É preciso consciencializar sobre o maior risco que as pessoas com diabetes enfrentam para ajudá-las a prevenir fraturas. Por exemplo, prevenir quedas pode reduzir o risco de fraturas”, acrescenta.

Fraturas que, de acordo com a especialista, “podem ser muito graves, sobretudo em idosos. As fraturas da anca são as mais graves, pois causam uma incapacidade elevada”.

Richard Eastell, professor de metabolismo ósseo e diretor do Centro Mellanby não tem dúvidas que “esta importante investigação destaca a necessidade urgente de os médicos avaliarem o risco de fratura nas pessoas com diabetes e procurarem também eventuais tratamentos o que possam ajudar a reduzir esse risco”.

“Esperamos que, aumentando a consciencialização sobre o maior risco que as pessoas com diabetes enfrentam, a densidade óssea e a força óssea se tornem algo que os médicos avaliem rotineiramente nos doentes, da mesma maneira que o fazem atualmente para outras complicações conhecidas.”