Uma investigação da New Northwestern University mostra que as pessoas podem realmente resolver um problema melhor se “dormirem sobre o assunto”.
O estudo dá informações importantes sobre o processamento de informações durante o sono e responde ao porque é que, às vezes, resolvemos melhor um problema depois de um intervalo.
“Sabemos que as pessoas ensaiam ou ‘consolidam’ memórias durante o sono, fortalecendo e reorganizando-as”, refere Kristin Sanders, primeira autora do estudo e estudante de doutoramento em Psicologia na Faculdade de Artes e Ciências Weinberg.
“Também se sabe que este processo natural pode ser impulsionado pela reprodução de sons associados às informações ensaiadas.”
Como muitos problemas complicados são resolvidos ao pensar neles de uma nova forma, Sanders e os colegas levantaram a hipótese de que ensaiar problemas não resolvidos durante o sono ajudaria as pessoas a refinar as suas memórias dos problemas e a aumentar a sua probabilidade de os resolver no dia seguinte.
No estudo, as pessoas tentaram vários quebra-cabeças à noite enquanto ouviam estímulos sonoros específicos. Enquanto dormiam, um programa apresentou sons associados à metade dos quebra-cabeças que tinham falhado antes.
Na manhã seguinte, os participantes resolveram os quebra-cabeças cujos estímulos sonoros associadas tinham sido reproduzidas da noite para o dia, em comparação com as que não tinham pistas.
“Este estudo fornece ainda mais evidências de que o processamento cerebral durante o sono é útil para a cognição diurna”, refere Mark Beeman, professor de Psicologia e autor sénior do estudo.
“Neste caso, se deseja resolver problemas ou tomar as melhores decisões é melhor dormir sobre sobre eles.”
O melhor truque para resolver um problema
“A solução de problemas faz parte da vida diária de todos. Apesar de termos usado quebra-cabeças complicados no nosso estudo, os processos cognitivos subjacentes podem estar relacionados com a solução de qualquer problema que alguém esteja a tentar resolver” sem conseguir, diz Sanders.
No entanto, a investigação pode aplicar-se apenas a situações em que as pessoas têm as informações básicas necessárias para resolver o problema e ainda não encontraram a configuração correta.
“Por exemplo, não importa quanto dura o sono, que não vou encontrar uma cura para uma doença rara, uma vez que não tenho o conhecimento necessário”, afirma Beeman. “No entanto, se estudou um problema por completo e não o consegue resolver, pensar nisso durante uma boa noite de sono pode ser o truque.”