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Alerta para um provável aumento do risco de morte ou incapacidade por AVC durante a pandemia

AVC e COVID-19

A European Stroke Organization alerta contra as consequências da crise do novo coronavírus no tratamento do AVC. E confirma que há menos pessoas com sintomas sugestivos de AVC a dirigirem-se aos cuidados de saúde.

Todos os anos, 1,5 milhões de europeus sofrem um AVC. Em cada dez doentes, dois a três morrem devido ao AVC e cerca de um terço permanece dependente da ajuda de terceiros.

A probabilidade de um resultado favorável depende de um atendimento rápido e específico pelos serviços de saúde, que deve ser feito logo após o início dos sintomas.

Num inquérito feito entre 426 prestadores de cuidados com acidente vascular cerebral de 55 países, apenas um em cada cinco relatou que os doentes estão atualmente a receber os cuidados agudos e pós-agudos que deveriam no seu hospital. E a falta de atendimento ideal levará, alerta a organização, “a um maior risco de morte e a uma probabilidade menor de uma boa recuperação”.

Não há razão para supor que a incidência deste problema tenha diminuído desde o início da crise da COVID-19, mas em muitos países, menos pessoas com sintomas sugestivos de AVC estão a recorrer ao hospital.

O que pode ser devido a vários fatores, incluindo o medo de ser infetado com COVID-19 no hospital ou a suposição de que os médicos estão demasiado ocupados a tratar as pessoas com COVID-19 para tratar que tem AVC.

Apesar de apoiar o esforço feito no combate a esta epidemia, a European Stroke Organization enfatiza que “os doentes com sintomas de AVC devem ir ao hospital o mais rápido possível”, reforçando “que devem ser feitos esforços para manter o nível habitual de cuidados com AVC, independentemente de o doente ter ou não COVID-19, para evitar ‘danos colaterais’ desnecessários através do tratamento inadequado deste problema frequentemente incapacitante ou com risco de vida”.