Pessoas que sofrem ataque cardíaco devem telefonar imediatamente para os serviços de emergência, mesmo durante a pandemia da COVID-19. O alerta é da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), numa altura em que os hospitais na Europa e além desta relatam reduções drásticas nas admissões por ataque cardíaco.
“As instruções para ‘ficar em casa’ e ‘não ir ao hospital’ não se aplicam a pessoas com sintomas de enfarte”, avisa Barbara Casadei, presidente da ESC.
“Existem tratamentos específicos, capazes de salvar vidas e baseados em evidências para ataques cardíacos, mas precisam de ser administrados rapidamente para serem mais eficazes. Atrasá-los coloca vidas em risco, aumenta os danos no coração e o risco de insuficiência cardíaca”, acrescenta a especialista, em comunicado.
Cada minuto conta quando se trata de um ataque cardíaco
Durante a pandemia do novo corovanírus, muitas são os que, apresar dos sintomas de enfarte, estão a atrasar ou evitar as idas ao hospital por medo de contrair a infeção pelo novo coronavírus. Casadei reforça que “os hospitais devem ter áreas designadas para doentes com ataque cardíaco, para evitar a propagação da infeção por coronavírus”.
Os sintomas de ataque cardíaco incluem dor no peito, sudorese (transpiração) e falta de ar. Outros sinais de alerta são dores na garganta, pescoço, costas, estômago ou ombros que duram mais de 15 minutos.
As pessoas com estes sintomas precisam de chamar a ambulância imediatamente, mesmo que estejam em auto-isolamento ou alguém que com elas conviva possa ter a COVID-19.
“Cada minuto conta quando se tem um enfarte”, refere Casadei. “Se apresentar sintomas da COVID-19, como temperatura alta ou uma tosse persistente, informe os serviços de emergência com a devida antecedência. Mas chegue ao hospital rapidamente.”
“A sua vida importa. Se estiver a ter um ataque cardíaco, sabemos como salvá-lo e podemos fazê-lo com muita rapidez e eficácia.”