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Estima-se que 1 em cada 1000 crianças em idade escolar possa sofrer de doença reumática crónica

doenças reumáticas

Assinala-se a 18 de março, pelo quinto ano consecutivo, o Dia Internacional de sensibilização para as Doenças Reumáticas nas Crianças, uma data que visa recordar que as crianças e jovens também podem sofrer de doenças reumáticas. De facto, estima-se que uma em cada mil em idade escolar viva com este tipo de problemas.

Aumentar o conhecimento sobre estas doenças, sobretudo por parte dos pais, médicos e professores, de forma a potenciar o encaminhamento rápido para consultas de reumatologia pediátrica, é outro dos grandes objetivos desta data, confirma Filipa Oliveira Ramos, reumatologista pediátrica.

“A sensibilização para as doenças reumáticas nesta faixa etária é de extrema importância, dado que um diagnóstico tardio ou falta de tratamento adequado pode comprometer o crescimento destas crianças e implicar danos irreversíveis das articulações ou de órgãos. Se atempadamente diagnosticadas e tratadas, permitem que a criança possa ter um desenvolvimento normal, sem impacto significativo no seu crescimento e na sua vida”, refere a especialista.

Ajudar os pais a identificar as doenças reumáticas

São várias as doenças reumáticas que podem atingir crianças e jovens, como a artrite idiopática juvenil, o lupus eritematoso sistémico, a dermatomiosite juvenil, fibromialgia juvenil, doença de Kawasaki, síndromes febris recorrentes, entre outras. Tratam-se de doenças crónicas que, na sua maioria, são inflamatórias e podem envolver qualquer órgão ou sistema, levando ao seu dano se não forem tratadas.

As doenças reumáticas manifestam-se maioritariamente ao nível das articulações, causando dor e restringindo o movimento, mas também podem afetar outros órgãos, como os olhos.

Para identificar uma doença reumática, sobretudo se se tratar de uma criança muito pequena, os pais/educadores devem estar atentos aos seguintes sinais:

  • Rigidez matinal que melhora ao longo do dia com os movimentos;

  • Dificuldades na marcha e posições de defesa quando a criança começa a andar;

  • Choro sistemático no momento da muda da fralda;

  • Dor e inchaço nas articulações afetadas;

  • Movimentos limitados e menos amplos (defesa contra a dor nas articulações);

  • Inflamação dos olhos;

  • Perda de apetite;

  • Placas e manchas avermelhadas na pele/couro cabeludo.

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