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Uma em cada quatro crianças e jovens ‘viciados’ nos smartphones

vício dos smartphones

Uma em cada quatro crianças e jovens usa os seus smartphones de forma consistente com um vício comportamental, revela um estudo realizado por investigadores do King’s College London, publicado na revista BMC Psychiatry.

Ao analisar a literatura publicada desde 2011, quando os smartphones se começaram a generalizar, os investigadores verificaram que  10 a 30% das crianças e jovens usavam os seus smartphones de forma disfuncional, o que significa que uma média de 23% revelava um uso problemático destes aparelhos.

Um problema definido como qualquer comportamento vinculado a smartphones com os contornos de um vício, como sentir pânico ou transtorno quando o telefone não está disponível, tendo dificuldade em controlar a quantidade de tempo gasto no telefone e usá-lo em detrimento de outras atividades agradáveis.

O estudo é o primeiro a investigar a prevalência do uso problemático de smartphones em crianças e jovens, resumindo os resultados de 41 estudos, da Ásia, Europa e América, que avaliaram um total de 41.871 adolescentes e jovens. Nestes, 55% dos participantes eram do sexo feminino, mulheres jovens na faixa etária de 17 a 19 anos.

Pais devem estar atentos ao uso de smartphones

Os investigadores investigaram também a associação deste tipo de uso à saúde mental e encontraram uma associação consistente a problemas como humor deprimido, ansiedade, stress, má qualidade do sono e desempenho educacional.

“Os vícios comportamentais podem ter consequências graves na saúde mental e no funcionamento diário. Por isso, é necessário investigar mais sobre o uso problemático de smartphones”, refere Samantha Sohn, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King’s College London e primeira autora do estudo.

Na última década, houve um aumento no uso destes aparelhos entre crianças e jovens e isso aconteceu ao mesmo tempo em que houve um aumento dos transtornos mentais comuns nesta faixa etária. 

“Os smartphones vieram para ficar e é necessário entender a prevalência do seu uso problemático”, refere Nicola Kalk, coautora sénior do trabalho. “Não sabemos se é o próprio smartphone que pode ser viciante ou se são as aplicações que as pessoas usam. No entanto, há uma necessidade de consciencialização pública sobre o uso de smartphones em crianças e jovens, e os pais devem estar cientes do quanto tempo os seus filhos passam com os seus telefones.”

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