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Alunos dormem mais e melhor quando entram mais tarde na escola

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Deitar cedo e cedo erguer, diz-se, dá saúde e faz crescer. Se a primeira parte do ditado popular até pode ser cientificamente correta, já a segunda nem por isso, revela um novo estudo, que indica que atrasar o horário de início das aulas faz com que os alunos durmam mais e se sintam melhor, mesmo nas sociedades em que é comum trocar o sono pelo sucesso académico.

Publicado na revista SLEEP pela Oxford University Press, o estudo olhou para o impacto de curto e longo prazo no sono e no bem-estar dos mais jovens, provocado por um atraso de 45 minutos no início das aulas.

Singapura está à frente no ranking que mede o desempenho escolar internacional em jovens de 15 anos. Aqui, muitos são os incentivos para um elevado desempenho académico, que contribui para reduzir a duração do sono nas noites escolares para muito abaixo das oito a dez horas de sono recomendadas, colocando os alunos em risco de problemas cognitivos e psicológicos (a média é seis horas e meia).

Nesta cidade-Estado, a escola começa normalmente por volta das 7h30, bem mais cedo do que o recomendado por associações internacionais, como a American Academy of Pediatrics, American Medical Association e American Academy of Sleep Medicine.

Em julho de 2016, uma escola para meninas decidiu adiar o início das aulas, que passou a ser 45 minutos mais tarde (8h15) e foi o impacto dessa mudança que os investigadores decidiram avaliar, junto de uma amostra de 357 alunos do 7º ao 10º ano, medindo as horas de sono e os níveis de bem-estar (sintomas depressivos e humor) antes da mudança e depois desta.

E os resultados revelam que, um mês após a mudança da hora de entrar na escola, o horário de dormir nas noites de semana passou a ser nove minutos mais tarde, enquanto o de levantar aumentou cerca de 30 minutos, o que resulta num saldo de 20 minutos a mais na cama.

Para além de dormirem mais, os participantes no estudo relataram também níveis mais baixos de sonolência e uma melhoria no bem-estar.

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