Estima-se que, até 2030, mais de metade da população mundial viva em zonas com climas cada vez mais quentes, com exposição crescente a condições de calor potencialmente perigosas. O que irá resultar num aumento exponencial da procura por aparelhos de ar condicionado, que deverão chegar à 4,5 mil milhões de unidades em 2050, muito acima das 1,2 mil milhões atuais. Para isso, será necessário gastar energia, o que pode fazer disparar o aquecimento global.
Este é o cenário. Para lhe dar resposta, uma coligação internacional decidiu lançar o Global Cooling Prize (Prémio de Arrefecimento Global), uma competição mundial com um objetivo: estimular o desenvolvimento de uma tecnologia de arrefecimento radicalmente mais eficiente em termos energéticos.
Para isso, é oferecido um prémio de três milhões de dólares, que pretende atrair talentos de todos os setores e de todo o mundo, para projetarem uma solução de ar condicionado com pelo menos cinco vezes menor impacto climático do que o verificado atualmente.
A solução vencedora terá também de respeitar questões relacionadas com materiais, consumo de água, entre outros e ser acessível a consumidores comuns, custando no máximo o dobro do preço das unidades padrão atuais.
Richard Branson junta-se à iniciativa
A competição foi lançada neste mês de novembro e estará aberta por um período de dois anos. Pelo menos dois milhões de dólares em prémios intermédios serão concedidos para dar apoio ao desenvolvimento de protótipos por equipas pré-escolhidas, que serão alvo de testes em laboratório e na vida real.
O vencedor final receberá pelo menos um milhão de dólares para comercialização da sua tecnologia inovadora.
Uma iniciativa à qual se juntou Richard Branson, o fundador da Virgin, que considera que esta pode, “literalmente, ajudar a salvar o mundo”.