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APIFVET alerta para a importância da vacinação animal na proteção das famílias

vacinação animal

Segundo o Centers for Disease Control and Prevention, dos EUA, estima-se que mais de 60% das doenças infeciosas conhecidas nas pessoas tenham vindo de animais (zoonoses). Evitar, pois, as doenças nos animais é ajudar a preveni-las nos humanos, pelo que a vacinação é, aqui, essencial. Neste Dia Mundial da Vacinação Animal, é essencial também, segundo a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários (APIFVET), fomentar o conhecimento sobre as formas de prevenção das zoonoses, para melhorar a qualidade de vida das famílias que têm animais de companhia.

Todos os animais, quer sejam de companhia ou de produção, devem seguir planos de vacinação adequados e prescritos pelos médicos veterinários, avança a APIFVET em comunicado. Isto porque a vacinação animal impede o surgimento e o desenvolvimento de zoonoses, como a raiva, assegurando a saúde e o bem-estar animal, mas também dos humanos.

Além disso, representa ainda um contributo na luta para a diminuição da resistência aos antibióticos, ao prevenir as doenças e, consequentemente, reduzir o uso dos mesmos no seu tratamento.

Contudo, “a maioria da população portuguesa não tem conhecimento acerca das zoonoses e do seu impacto”, afirma Mário Hilário, presidente da APIFVET. A falta de informação limita a tomada de consciência para este problema, mas “a intervenção multidisciplinar, o contributo sinérgico dos profissionais de saúde humana e veterinária e o seu papel pedagógico são essenciais para as pessoas perceberem que ao proteger os seus animais, através da vacinação, também estão a cuidar da sua própria saúde”, acrescenta.

Por isso, é necessário incentivar a partilha de dados e canais de comunicação eficazes entre setores.

O conceito “One Health”, uma abordagem que integra a saúde humana, animal e ambiental, essencial para ajudar na prevenção deste tipo de doenças, através de planos de vacinação e desparasitação, rastreios, acompanhamento e tratamento contínuo, é relativamente recente em Portugal, o que leva à existência de muitas lacunas no âmbito da informação sobre o mesmo.

“Acreditamos que as ordens profissionais podem ter um papel relevante nesta partilha de informação e a APIFVET estará sempre disponível para responder ao desafio em conjunto”, reforça Mário Hilário.

Considerando que a credibilidade dos médicos veterinários, médicos, farmacêuticos e enfermeiros deve ser utilizada para partilhar informações relevantes e estimular formação de qualidade, com linguagem simples e acessível para o cidadão comum, “é importante identificar pontos em comum, planificar e estabelecer estratégias, utilizando todos os meios disponíveis, para uma melhor qualidade de vida de todos”, conclui.

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