A Comissão Europeia juntou-se a vários parceiros para lançar uma plataforma de partilha de dados europeia COVID-19, para permitir a rápida recolha e partilha dos dados de investigação disponíveis.
Mariya Gabriel, comissária responsável pela Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, considera que “é tempo agora, mais do que nunca, de intensificarmos esforços e de permanecermos unidos ao lado dos nossos investigadores. Graças aos nossos esforços conjuntos, poderemos compreender melhor, diagnosticar e, por fim, ultrapassar a pandemia”.
A nova plataforma proporcionará um ambiente europeu e mundial aberto, fiável e modulável, em que os investigadores poderão armazenar e partilhar conjuntos de dados, nomeadamente sequências de ADN, estruturas de proteínas, dados da investigação pré-clínica e de ensaios clínicos e dados epidemiológicos.
A partilha aberta e rápida de dados acelera consideravelmente a investigação e a descoberta, permitindo dar uma resposta eficaz à emergência do coronavírus, revela a Comissão Europeia em comunicado.
Outras ações além da plataforma de partilha de dados
Em 7 de abril de 2020, os ministros da investigação e da inovação dos 27 Estados-Membros da União Europeia (UE) apoiaram 10 ações prioritárias do plano de ação EEIvsCoronavírus.
Um plano que abrange ações a curto prazo, baseadas numa estreita coordenação, cooperação, partilha de dados e em esforços de financiamento conjunto entre a Comissão e os Estados-Membros.
Para além da plataforma de dados europeia COVID-19, as outras ações centram-se na coordenação do financiamento, no alargamento dos grandes ensaios clínicos à escala da UE, no aumento do apoio a empresas inovadoras e no apoio a uma «Hackathon pan-europeia», a realizar em finais de abril, com vista a mobilizar os inovadores europeus e a sociedade civil.
Milhões de euros para luta contra novo coronavírus
Na luta contra a pandemia, a UE mobilizou rapidamente 48,2 milhões de euros para 18 projetos de investigação pré-selecionados, que estão atualmente a desenvolver trabalhos no domínio dos testes de diagnóstico rápido no local de prestação de cuidados, dos novos tratamentos e vacinas, bem como da epidemiologia e da modelização, a fim de melhorar a preparação e a resposta a surtos.
Além disso, mobilizou financiamento público e privado no valor de 90 milhões de euros, através da Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores, e disponibilizou até 80 milhões de euros de apoio financeiro à empresa inovadora CureVac, para intensificar o desenvolvimento e a produção na Europa de uma vacina contra o coronavírus.