Na batalha contra a COVID-19, o trabalho tem-se feito a vários níveis. E com diferentes protagonistas. Um deles têm sido as farmacêuticas, como a Boehringer Ingelheim, que trabalha a nível mais global e também local. Por cá, decidiu doar milhares de materiais essenciais no combate à propagação da pandemia a vários hospitais e Unidades de Saúde Familiares.
Globalmente, a empresa encontra-se à procura de soluções de tratamento para os doentes, a fazer voluntariado, ajudando ainda com donativos de equipamentos e apoio a comunidades sociais em desenvolvimento.
Em Portugal, decidiu entregar viseiras, batas descartáveis e impermeáveis, luvas, estetoscópios, oxímetros, fatos de proteção e máscaras, milhares de materiais que já começaram a ser doados a várias unidades de saúde.
“Somos uma empresa global com mais de 50 mil colaboradores em todo o mundo e consideramos ser nosso dever fornecer a melhor proteção possível para a saúde dos doentes, dos nossos colaboradores e da sociedade. A partir do momento em que o coronavírus coloca em risco a saúde pública, torna-se automaticamente uma prioridade para a empresa trabalhar, em todas as frentes, para o combater”, explica Sandra Marques, Diretora-Geral da Boehringer Ingelheim Portugal.
Além dos milhares de materiais doados
Apesar de não desenvolver vacinas, mas por ser uma empresa com uma forte componente de investigação, está também, desde janeiro deste ano, num esforço coletivo mundial de combate à COVID-19.
Não só trabalha neste âmbito, que permitirá a imunização de grande parte da população, mas também noutros, que incluem a busca por soluções para pessoas que têm um risco acrescido de desenvolverem doença grave ou que já estejam infetadas, como anticorpos que neutralizem o vírus ou pequenas moléculas que inibam a sua replicação.
“Temos cerca de 100 cientistas de investigação e desenvolvimento, com 11 mil horas de laboratório, comprometidos no combate ao vírus”, afirma a mesma fonte.
“No processo de desenvolvimento de novos fármacos ao longo do tempo, a Boehringer Ingelheim construiu uma biblioteca com mais de um milhão de compostos. Atualmente estamos a realizar uma triagem computacional de toda essa biblioteca de moléculas, com o objetivo de identificar novas pequenas moléculas com atividade contra o vírus SARS-CoV 2. Ao mesmo tempo, estamos a avançar rapidamente no desenvolvimento de anticorpos monoclonais neutralizantes antivirais para a terapêutica com COVID-19, em colaboração com o Centro Alemão de Pesquisa de Doenças Infeciosas (DZIF).”
Além disso, através do um consórcio com outras empresas farmacêuticas e a Fundação Bill e Melinda Gates, estão à procura de soluções que impulsionem o desenvolvimento de vacinas, diagnósticos e outros tratamentos que ajudem no combate à pandemia de COVID-19.
A empresa disponibilizou ainda 5,8 milhões de euros para doações financeiras em todo o mundo, deu aos cerca de 50 mil colaboradores até 10 dias de licença remunerada para se voluntariarem no combate da COVID-19 e apoia, com um fundo de 580 mil euros, comunidades do programa de empreendedorismo social Making More Health, e empreendedores sociais na Índia e no Quénia.