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Ataque de pânico ou ataque cardíaco? Conheça as diferenças

ataque de pânico

Dor no peito, coração acelerado, falta de ar, suores. Todos estes são sintomas de um ataque cardíaco, mas são também sinais de um ataque de pânico. Embora estes últimos não sejam fatais, os ataques cardíacos matam. É por isso que conhecer a diferença entre os dois pode salvar uma vida.

Tanto os ataques de pânico como os de coração ativam hormonas de fuga ou luta dentro do corpo. “Um ataque de pânico causa uma ativação quase desnecessária desse sistema hormonal, enquanto um ataque cardíaco causa uma ativação apropriada”, explica Michael Farbaniec, cardiologista do Penn State Health Milton S. Hershey Medical Center, nos EUA.

Os ataques cardíacos sinalizam o bloqueio de uma artéria, o que impede que o músculo cardíaco receba sangue suficiente para fazer o seu trabalho. Os sintomas não desaparecem até que a pessoa receba cuidados médicos de emergência, enquanto num ataque de pânico, os sintomas desaparecem. Mas as pessoas devem levar a sério os dois tipos de ataque.

Só um profissional médico pode dizer com 100% de certeza se alguém teve um ataque cardíaco ou um ataque de pânico. Mas há três pistas que podem ajudar as pessoas a entender o seu risco.

Homens com 45 anos ou mais e mulheres com 55 anos ou mais correm maior risco de ataque cardíaco do que os mais jovens.

Pessoas com níveis elevados de colesterol e triglicéridos, pressão alta, obesidade, diabetes, síndrome metabólica ou história familiar de ataques cardíacos também correm um risco alto.

“Se um jovem sem fatores de risco sentir dor no peito, a probabilidade de ser um ataque cardíaco é muito baixa”, refere Rajesh Dave, cardiologista intervencionista do Penn State Health Holy Spirit Medical Center.

“Mas a dor no peito num homem de 50 anos, que é fumador de longa data, com um histórico de diabetes de 20 anos, provavelmente indica um ataque cardíaco e que este precisa de cuidados médicos urgentes.”

Para os ataques de pânico, os principais fatores de risco são o stress e a ansiedade. Mas mesmo a ansiedade pode sinalizar qualquer tipo de ataque. Um estudo de 2010, realizado com cerca de 250.000 pessoas, descobriu que ter ansiedade ditou um aumento de 26% na doença arterial coronária, que é um precursor de um ataque cardíaco.

As pessoas que sofrem um ataque cardíaco por vezes sentem outros sintomas mais ligeiros nas semanas ou dias que o antecedem. Os ataques cardíacos também acontecem com mais frequência durante o esforço – caminhar, subir escadas ou realizar outra atividade física.

Já os ataques de pânico acontecem geralmente quando a pessoa está em repouso e podem seguir um gatilho de ansiedade, como receber más notícias.

No que diz respeito à duração dos sintomas, os ataques de pânico duram cerca de 20 minutos e depois desaparecem; nos ataques cardíacos, os sintomas pioram com o tempo e não desaparecem sem intervenção médica.

As pessoas com um ataque de pânico devem sentar-se num local calmo e escuro e respirar fundo, o que ajudará a diminuir a frequência cardíaca. “Se não sabe se é pânico ou ataque cardíaco – ou apenas quer ter certeza – ligue para o 112”, aconselha Farbaniec.

Pessoas que procuram prevenir ataques cardíacos devem tomar medidas para reduzir os seus fatores de risco, como optar por uma dieta saudável para o coração ou começar a praticar atividade física. As pessoas que procuram prevenir ataques de pânico devem investir em meditação, ioga e outras técnicas de redução do stress. “E parar de fumar, que reduzirá o risco de pânico e ataques cardíacos.”

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