São quatro as soluções digitais que visam melhorar a vida das pessoas com demência que vão avançar para seis pilotos em hospitais e unidades de saúde portuguesas, no âmbito do Programa “Building Tomorrow Together”. Os nomes dos vencedores e o que promete fazer já são conhecidos.
Os mais de 100 mil euros associados a esta iniciativa da Roche, em parceria com várias instituições como o Centro Hospitalar de São João, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Luz Saúde, Lusíadas, CUF e Campus Neurológico, vão ser distribuídos pelos projetos vencedores, que são:
– iLoF – intelligent Lab on Fiber
A implementar no Centro Hospitalar Universitário de São João e na Luz Saúde, este projeto, através de uma base de perfis biológicos e de biomarcadores, fornece ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de demência, usando nomeadamente Inteligência Artificial.
Com uma análise de sangue, através de biomarcadores, poderão ser detetados precocemente sinais de demência. O objetivo será o de permitir antecipar o diagnóstico antes de a doença estar estabelecida.
– Somatix
A implementar no CNS – Campus Neurológico e CUF, esta solução permite a monitorização remota de doentes através de dispositivos “wearables” para detetar movimentos de forma passiva.
Trata-se de uma bracelete, que permite detetar gestos e movimentos para monitorizar ritmos de sono, risco de queda ou níveis de hidratação, por exemplo. Este dispositivo comunica com uma aplicação e com um software que monitoriza o que acontece às pessoas com demência, podendo reduzir hospitalizações e idas desnecessárias ao hospital.
– Virtuleap
Através de óculos de realidade virtual e de uma aplicação, são executados exercícios para analisar a capacidade cognitiva e prever sintomas de demência, a implementar nos Lusíadas. No fundo, através de um conjunto de jogos e movimentos que monitorizam a função cognitiva, o hospital e os profissionais de saúde podem acompanhar cada doente.
– NeoNeuro
A solução vai permitir um diagnóstico precoce, através de uma análise ao sangue com um protocolo e um equipamento próprio. Trata-se de uma forma não invasiva e mais simples de prognosticar a possibilidade de um doente poder vir a ter uma demência, a implementar no Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga.