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“A União Europeia deve permitir que os doentes crónicos permaneçam ativos”

doenças crónicas

“Os custos diretos estimados associados às doenças reumáticas e musculoesqueléticas representam 2% do produto interno bruto da União Europeia (UE)”, alerta Iain McInnes, presidente da Liga Europeia Contra as Doenças Reumáticas (EULAR). Para melhorar o acesso aos cuidados de saúde a prevenção das doenças crónicas, o especialista pede à Comissão Europeia que dê prioridade às ações que o tornem possível.

“A menos que haja ação imediata, a UE corre o risco de prejudicar a vida das pessoas em toda a União a nível económico, de saúde e social. As políticas de saúde da UE precisam de ser projetadas para ajudar as pessoas com doenças crónicas a permanecerem ativas”, acrescenta.

“A Comissão Europeia tem a responsabilidade de agir com efeito imediato; deve estar fortemente comprometida em apoiar os Estados-Membros na redução do ónus das doenças crónicas e incapacitantes, incluindo doenças reumáticas e musculoesqueléticas.”

Doenças crónicas: o peso das reumáticas e musculoesqueléticas

A EULAR apresenta, por isso, um documento que tem como foco o futuro das políticas de saúde. Salienta a necessidade de garantir uma coordenação adequada entre a área da saúde e outras áreas políticas, como emprego e assuntos sociais, bem como o meio ambiente.

Uma coordenação essencial para melhor enfrentar os desafios à saúde e as suas consequências ao nível da integração social e económica de pessoas com doenças crónicas. Sem integração efetiva, garante, não há oportunidade de conter a crescente tensão que essas doenças estão a colocar na sociedade e no contribuinte individual.

“São doenças com consequências dolorosas e funcionalmente prejudiciais, que afetam um quarto da população da UE, tornando-as a principal causa de perda de trabalho, absentismo e reformas antecipadas. Como resultado, estas doenças afetam silenciosa e negativamente as economias europeias, pois estão a colocar uma enorme – e crescente – pressão sobre as sociedades europeias e os seus contribuintes”, reforça Iain McInnes. 

Theresa Griffin, eurodeputada, enfatiza a necessidade de uma UE forte na área da saúde pública. “O presidente eleito da Comissão definiu corretamente a luta contra o cancro como uma das suas prioridades. A Comissão tem a capacidade de dar também prioridade à luta contra outras doenças crónicas importantes, como as doenças musculoesqueléticas, que afetam milhões de pessoas na Europa e têm um enorme impacto sobre os indivíduos, as suas famílias e os nossos sistemas de saúde e previdência social.”

Manuel Pizarro, eurodeputado português, considera que “temos de encontrar um novo paradigma na ação política e combinar competência médica com a visão da política. A União Europeia oferece muitas oportunidades e permite-nos alcançar além-fronteiras, setores e níveis da sociedade. A UE deve abandonar sua atitude tímida e ser um forte parceiro dos Estados-Membros na luta contra doenças crónicas.”