Scroll Top

Hipertensão infantil afeta cerca de 4% das crianças e está a aumentar

hipertensão infantil está a aumentar

“A hipertensão infantil representa um desafio considerável para a saúde pública em todo o mundo.” A afirmação é de um grupo de especialistas, na sequência de uma análise de vários trabalhos, que confirma que a prevalência estimada de hipertensão em crianças chega aos 4% a nível global.

Publicado online na revista científica JAMA Pediatrics, o estudo, liderado por Peige Song, investigadora da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e pelos colegas, resultou de uma revisão sistemática, que examinou a prevalência de hipertensão na população pediátrica geral.

Ao todo, 47 artigos foram incluídos no trabalho, referentes a estudos que apresentavam medições da pressão arterial em pelo menos três ocasiões distintas.

Os resultados permitiram aos cientistas descobrir que, nas crianças com 19 anos ou menos, a prevalência estimada da hipertensão chega aos 4%, sendo ainda mais elevada (9,67%) no que diz respeito à pré-hipertensão. Ainda de acordo com a mesma fonte, 4% são hipertensão em estágio 1 e 0,95% apresentam hipertensão em estágio 2.

Prevalência tem vindo a crescer

A prevalência da hipertensão infantil foi maior nos casos de crianças que apresentavam excesso de peso e obesidade, quando comparadas com aquelas que tinham peso normal (15,27% e 4,99%, respetivamente, versus 1,90%).

Nas últimas duas décadas, assistiu-se a uma tendência de aumento da prevalência da hipertensão infantil, revelam ainda os especialistas. Entre 2000 e 2015, a taxa relativa foi crescente, passando de 75 para 79%.

A prevalência da hipertensão variou de 4,32% em crianças com seis anos a 3,28% em crianças de 19 anos em 2015, tendo o pico sido observado por volta dos 14 anos (7,89%).

Excesso de peso e obesidade ‘alimentam’ hipertensão infantil

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, “a hipertensão arterial entre as crianças e os adolescentes está a registar uma dimensão preocupante, associada à obesidade”.

Ainda de acordo com a mesma fonte, “tal deve-se em grande parte ao estilo de vida pouco saudável das crianças (alimentação rica em gordura e pobre em fibras, longos períodos de tempo em frente à televisão ou ao computador, raros momentos de brincadeiras ao ar livre, etc.)”.

Related Posts