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Cancro afeta mais de três em cada cinco pessoas

luta contra o cancro

No Dia Mundial de Luta contra o Cancro, que se assinala esta terça-feira (4 de fevereiro), a União Internacional de Controlo do Cancro (UICC) divulga um inquérito global, onde mais de três em cada cinco pessoas (61%) afirmam ter sido afetadas pelo cancro de alguma forma.

Realizada pela Ipsos, a avaliação contou com a participação de mais de 15.000 adultos de 20 países e mostra ainda que, a nível global, quase três em cada cinco pessoas (58%) dizem estar preocupadas com a progressão do cancro no futuro.

A maioria dos inquiridos (87%) está ciente de pelo menos um dos principais fatores de risco associados ao cancro, sendo o uso de tabaco (63%), a exposição aos raios UV (54%) e a exposição ao fumo em “segunda mão” (50%) os mais reconhecidos e associados ao aumento individual do risco de cancro.

A falta de exercício (28%), a exposição a certos vírus ou bactérias (28%) e o excesso de peso (29%) parecem ser os fatores de risco menos reconhecidos.

Em geral, os indivíduos inquiridos que vivem em agregados com rendimentos mais elevados parecem ter mais facilidade no reconhecimento dos fatores de risco do que aqueles que vivem com menos rendimentos e o mesmo acontece com as pessoas com mais estudos, com exceção do uso de tabaco, igualmente reconhecido como fator de risco independentemente do nível de escolaridade.

Sete em cada 10 pessoas (69%) dizem ter tomado algumas medidas para reduzir o risco de cancro nos últimos 12 meses, sendo a ação mais comum, sinalizada por um em cada três indivíduos, o aumento do consumo de alimentos saudáveis.

Ainda de acordo com a sondagem, a grande maioria das pessoas (84%) acredita que os governos devem fazer algo sobre o cancro, com apenas 3% a sinalizarem o contrário. Ao todo, cerca de um terço (33%) indica a crença de que a medida governamental mais importante é tornar os serviços oncológicos mais acessíveis.

É urgente aumentar a consciencialização 

“É inaceitável que milhões de pessoas tenham uma probabilidade maior de desenvolver cancro durante a vida porque simplesmente não estão cientes dos riscos e dos comportamentos saudáveis que devem ser adotados – informações que muitos de nós consideram um dado adquirido. E isso é verdade em todo o mundo”, afirma a propósito o diretor executivo da UICC.

Para ajudar a aumentar a consciencialização sobre o cancro e apoiar a promoção da saúde, para que ninguém fique para trás, a UICC pede a todos os governos que priorizem a prevenção do cancro através de políticas e educação progressivas na área da saúde, apoiando decisões saudáveis ​​e comportamentos que promovam a saúde.

Garantir que o público recebe informações atualizadas sobre riscos e prevenção do cancro e que as informações são apresentadas e fornecidas de uma forma acessível a todos, independentemente das suas origens, é outra das medidas, à qual se junta a implementação de políticas para ajudar a reduzir o consumo de produtos que já se sabe serem causadores de cancro (tabaco, alimentos açucarados e bebidas).

Isto sem esquecer o investimento proativo num planeamento, a nível nacional, do controlo do cancro e no estabelecimento de registos populacionais, para garantir a alocação de recursos mais eficazes e que beneficiem todos os grupos.

Continuar a aumentar a consciencialização a cada nova geração para ajudar a garantir que as informações atualizadas sobre os riscos e a prevenção do cancro não sejam um dado adquirido é também fundamental.

Compromisso de todos na luta contra o cancro

Como parte da campanha “Eu sou e eu vou”, que assinala a edição deste ano do Dia Mundial de Luta contra o Cancro, todos são convidados a fazer compromissos, grandes ou pequenos, seja usando este dia como uma oportunidade para melhorar a sua compreensão sobre os fatores de risco ou partilhar o seu conhecimento com outras pessoas.

Podem ainda fazer um compromisso pessoal para reduzir os riscos da doença, como parar de fumar, comer saudavelmente, fazer exercício regular ou aproveitar o que os sistemas de saúde têm para oferecer, incluindo check-ups ou vacinas.

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