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Estudo revela que alterações na dieta melhoram a dor da endometriose

dor da endometriose

Os números revelam que a endometriose, uma doença em que células semelhantes às que revestem o útero crescem noutras partes do corpo, afeta uma em cada 10 mulheres, com sintomas que incluem infertilidade, fadiga, sintomas gastrointestinais e dor crónica intensa. É aqui que, de acordo com um estudo da Universidade de Edimburgo, a alimentação pode ter um grande impacto.

O novo estudo, a maior investigação internacional do género até à data com pessoas com endometriose que utilizaram as dietas e/ou suplementos para controlar os sintomas de dor, que contou com mais de 2.500 pessoas, mostrou que várias alterações feitas ao nível da dieta, como a redução da ingestão de álcool e cafeína, podem ter um efeito positivo na dor.

Isto porque, de acordo com os investigadores, o microbioma intestinal pode estar envolvido na regulação da dor em condições inflamatórias, como é o cado da endometriose. Por isso, as alterações na dieta ou no microbioma podem permitir que os doentes controlem a sua dor.

As mudanças alimentares mais populares, cada uma tentada por mais de 1.000 pessoas, foram a redução do álcool e da cafeína, com mais de 50% das pessoas que reduziram o consumo de álcool a relatarem uma melhoria dos sintomas de dor e 43% dos que cortaram na ingestão de café ou produtos com cafeína a sentirem menos dor.

Mas também as dietas sem glúten e sem produtos lácteos revelaram-se importantes: 45% das pessoas que deixaram de comer glúten e 45% das pessoas que eliminaram os produtos lácteos deram conta de uma melhoria na sua dor.

“Sabemos que muitas pessoas com endometriose utilizam modificações alimentares para controlar os seus sintomas, no entanto, atualmente não existem evidências clínicas que sustentem a sua utilização”, refere Francesca Hearn-Yeates, investigador de doutoramento e autora principal.

“Espero que este grande conjunto de dados destaque que esta área de investigação é importante para a comunidade da endometriose e possa, portanto, levar a mais investigação sobre os benefícios das alterações ao estilo de vida na sintomatologia e sugira o valor de uma equipa médica multidisciplinar para apoiar as pessoas que estão a fazer estas mudanças”, acrescenta.

 

Crédito imagem: Pexels

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