É uma estreia em Castelo Branco: esta quarta-feira, dia 22, vai ser implantado pela primeira vez no distrito, no Hospital Amato Lusitano, um Cardioversor-Desfibrilhador Implantável (CDI) subcutâneo, um dispositivo médico da Boston Scientific, tecnologia que, explica Francisco Paisana, diretor do serviço de Cardiologia da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, tem como missão “prevenir a morte súbita”.
“O nosso centro está a funcionar há 16 anos e é a primeira vez que fazemos esta intervenção”, refere o especialista, que confirma que a mesma, até ao momento e em caso de necessidade, tinha de ser realizada em Coimbra.
“Vamos contar com um eletrofisiologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Dr. Pedro Sousa e com a ajuda de um anestesista, uma vez que se trata de um procedimento diferente do habitual, com uma tecnologia diferente”, acrescenta o especialista.
O doente, um homem de 49 anos, apresenta manifestações de síncope e uma patologia potencialmente fatal por arritmias graves, que este aparelho deteta e trata através da administração de choques elétricos.
“Trata-se de um CDI subcutâneo, diferente dos restantes uma vez que não é aqui necessário acesso vascular”, explica Francisco Paisana. “Ou seja, o risco de complicações é mais reduzido, sobretudo de infeções e dispensando a utilização de raios X.”
Este é o primeiro aparelho do género a ser implantado em Castelo Branco, abrindo a porta a outras intervenções do género. “Se houver mais doentes com indicação para esta tecnologia, passamos a dispor de know-how para o fazer. Até porque estes doentes são seguidos no nosso centro, nós já conhecemos a sua patologia e podemos atuar da melhor forma possível, isto para além da relação de proximidade.”