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Portugal e EUA desenvolvem algoritmos de inteligência artificial para apoiar o diagnóstico médico

inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) está a ser aplicada no setor da saúde, com benefícios ao nível do tratamento de dados, apoio ao diagnóstico médico e identificação dos melhores tratamentos. É aqui que entra o projeto TAMI (Transparent Artificial Medical Intelligence), liderado pela First Solutions e com a participação do Instituto de Engenhariade Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que vai desenvolver um conjunto de ferramentas de apoio à decisão médica, baseado em algoritmos de inteligência artificial, que explicam ao clínico e ao paciente o diagnóstico de determinada doença e a sua causa.

Estas explicações podem ser visuais (identificando as áreas da imagem que lhe permitiram tirar essa conclusão ou diagnosticar determinada doença), ou textuais (através de um conceito ou frase que faça sentido para o ser humano).
 
Segundo a First Solutions, “estas ferramentas oferecem várias vantagens. Por um lado, vão apoiar o médico na tomada de decisão. Por outro, vão contribuir para uma melhor aceitação destas soluções de sugestões pelas equipas clínicas. Além disso, vão ajudar a identificar possíveis falhas e introduzir melhorias no sistema de apoio ao diagnóstico”.
 
Um sistema que pode também ajudar a determinar padrões de doenças, gerando novo conhecimento. Ao explicar como chegou a determinado diagnóstico, o sistema gera maior confiabilidade no médico e no doente.
 
“O projeto vai investigar novos métodos quantitativos para avaliar objetivamente e comparar diferentes explicações das decisões automáticas; métodos para gerar melhores explicações, proporcionando variedade nas explicações, adaptando as explicações a quem as irá utilizar e explicando as decisões multimodais; e ainda novas soluções de visualização para interpretações de decisões baseadas em dados imagiológicos”, explica Jaime Cardoso, investigador do INESC TEC e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
 
O projeto foi selecionado no âmbito da iniciativa ‘Go Portugal – Global Science and Technology PartnershipsPortugal’, no contexto do Programa CMU Portugal.  É financiado em 1. 791 milhões de euros pelo Programa Operacional Norte, COMPETE2020, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, empresas parceiras e a Carnegie Mellon University, através do Programa CMU Portugal.