
“Desde março, foram adiadas mais de quatro milhões de consultas em Centros de Saúde, um milhão de consultas das várias especialidades médicas e mais de 100 mil cirurgias. Como resultado, os 50 mil diagnósticos anuais de doenças oncológicas, como o cancro digestivo, não se concretizaram na sua plenitude”, alerta Vitor Neves, presidente da Europacolon Portugal – Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo. “Os rastreios de base populacional também estão paralisados, entre os quais o do cancro do intestino, que é o de melhor custo-benefício. Já os poucos que se realizam e testam positivo ficam meses à espera da consequente colonoscopia total. Em alguns hospitais, o prazo de realização deste exame ultrapassa os 12 meses. E esta situação é muito grave!”, conclui.