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Portugal sem registo nacional dos casos de cancro infantil

cancro infantil

Apesar de raras, as neoplasias são a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes, sendo responsáveis por 32% da mortalidade entre os cinco e os 14 anos e por 22% da mortalidade entre os 15 e os 18 anos, revelam os dados da Direção-geral da Saúde. Dados que chegam para perspetivar o futuro da oncologia pediátrica. Por isso, no mês de sensibilização para o cancro infantil, a Fundação Rui Osório de Castro, que comemora este ano uma década de trabalho, apela à importância da existência de um registo e de uma estratégia nacional para o cancro infantil.

“Apesar de legislada a sua obrigatoriedade, a falta de recursos, sobretudo humanos, faz com que a existência deste registo não seja ainda uma realidade”, afirma Cristina Potier, diretora-geral da FROC.

“Sem conhecermos uma realidade não é possível melhorá-la” e, embora os dados apontem para uma taxa de sobrevida a cinco anos, o cancro continua a ser a maior causa de morte por doença em crianças e jovens, existindo ainda um grande desconhecimento sobre as suas causas.

“É fundamental que exista investigação clínica e ensaios clínicos específicos para a oncologia pediátrica, porque as características e as reações e os protocolos seguidos no cancro de uma criança podem, e geralmente são, muito diferentes do adulto.”

Cristina Potier acrescenta ainda que, por isso, é “preciso investir, planear e organizar a investigação nesta área, para percebermos melhor quais as causas, para procurar tratamentos com menos efeitos secundários, para fazer crescer a taxa de sobrevivência para perto dos 100% e para garantir uma qualidade de vida na sobrevivência com o mínimo de sequelas possível”.

O apoio da FROC à luta contra o cancro infantil

Além do apoio financeiro que a FROC disponibiliza para a realização de ensaios clínicos em Portugal, o Prémio Rui Osório de Castro/Millennium bcp, que este ano tem a sua 4ª edição, é outra das formas através da qual a FROC apoia a investigação em Oncologia Pediátrica em Portugal.

Melhorar a qualidade e a quantidade de informação disponível para os familiares e amigos das crianças com cancro também tem sido um dos focos do seu trabalho. Exemplo disso é o portal PIPOP, criado em 2010 com informação sobre a doença, direcionada para o adulto e para a criança, com notícias e eventos da área e que, desde o seu lançamento, já conta com mais de 310.000 visitas.

Para marcar os 10 anos da Fundação e assinalar também o Setembro Dourado, o Maestro Rui Massena une-se à Fundação Rui Osório de Castro para um concerto solidário, que acontece já no próximo dia 27, às 21 horas, no Teatro São Luiz, em Lisboa.

Os bilhetes já estão à venda e variam entre 11€ e 22€, revertendo a totalidade da receita de bilheteira para a instituição. 

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