São vários os estudos que confirmam os benefícios da dieta mediterrânica para a saúde, resultado da sua riqueza em azeite, cereais, frutas e vegetais, peixes e uma quantidade moderada de laticínios, carne e vinho. Agora, os resultados de um novo estudo sugerem que esta forma de alimentação pode também ajudar a prevenir a artrite reumatoide em pessoas que fumam ou costumavam fumar.
Os resultados desta investigação são agora publicados na revista científica Arthritis & Rheumatology. Realizados com 62.629 mulheres francesas, o estudo teve por base o preenchimento de um questionário que avaliou a ingestão alimentar desde 1990. Ao todo, 480 mulheres desenvolveram artrite reumatoide.
A adesão à dieta mediterrânea não foi associada ao risco geral de artrite reumatoide; no entanto, entre as mulheres que fumavam ou costumavam fumar, esta forma alimentar foi associada a uma diminuição do risco: 383 casos de artrite reumatoide por milhão de pessoas por ano entre aquelas com elevada adesão à dieta mediterrânea, em comparação com 515 casos por milhão de pessoas, por ano, entre aquelas com apresentavam uma baixa adesão à dieta.
Doença crónica, sem cura
De acordo com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a artrite reumatoide “é uma doença crónica, inflamatória, autoimune, que se caracteriza pela inflamação das articulações”.
Trata-se de uma doença crónica, que não tem cura, mas que tem tratamento, que pode ter como resultado um “bom prognóstico vital e funcional”.
Por cá, apesar de não existirem dados concretos, estima-se que afete 0,8 a 1,5% da população, tendo uma ocorrência quatro vezes maior entre as mulheres do que nos homens.