As mulheres que seguem dietas veganas durante a gravidez podem correr maiores riscos de desenvolver pré-eclampsia e de dar à luz recém-nascidos com peso inferior, sugere um estudo recente publicado na Ata Obstetricia et Gynecologica Scandinavica.
Para o estudo, 65.872 mulheres identificaram-se como omnívoras, 666 como vegetarianas, com consumo assumido de peixe/aves, 183 como lacto/ovo vegetarianas e 18 como veganas. Com base num questionário preenchido a meio da gravidez, os investigadores descobriram que a ingestão de proteínas era menor entre as lacto/ovo vegetarianas (13,3%) e as veganas (10,4%) em comparação com as participantes omnívoras (15,4%). A ingestão de micronutrientes também foi muito menor entre as que não ingeriam, de todo, qualquer tipo de produto de origem animal, ainda que não tenham sido observadas grandes diferenças quando o consumo de suplementos dietéticos foi tido em conta.
Em comparação com as mães omnívoras, as mães veganas apresentaram uma maior prevalência de pré-eclampsia (uma complicação da gravidez caracterizada por pressão arterial elevada) e os seus recém-nascidos pesavam, em média, menos 240 g.
“É necessária mais investigação sobre a possível causalidade entre as dietas à base de plantas e os resultados da gravidez e do parto, para reforçar a base das recomendações dietéticas”, escreveram os autores.