Os sintomas relacionados com gases estão associados a uma pior qualidade de vida e a maiores níveis de stress, ansiedade e depressão. E afetam muita gente: ao todo, oito em cada 10 adultos na população em geral (81,3%) sofrem de gases, revela um novo estudo.
Outros sintomas relacionados com os gases incluem barulhos no estômago, que afetam 60,5% dos entrevistados, seguido de perto por arrotos (58%) e mau hálito (48,1%). Gases presos (47,2%), distensão abdominal/barriga inchada (39,6%) e distensão abdominal/pressão abdominal (38,5%) têm também um impacto percetível, com apenas 11,1% dos entrevistados a relatarem não terem sintomas associados aos gases. Em média, os participantes neste trabalho foram afetados por três diferentes sintomas em 24 horas.
As descobertas do estudo, que inquiriu quase 6.000 pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e México, foram baseadas numa amostra representativa de pessoas com idades entre 18 e 99 anos, a quem foi pedido que preenchessem um inquérito.
Realizado por cientistas do Rome Foundation Research Institute, nos Estados Unidos, em colaboração com a Danone Nutricia Research, de França, este estudo revelou que quanto maiores as queixas associadas a gases, piores os resultados ao nível da saúde mental e qualidade de vida, maior o stress, ansiedade e depressão, e maiores os sintomas não gastrointestinais.
As pessoas mais jovens, com idades entre os 18 e 34 e os 35 e 49 anos, apresentavam uma maior carga geral de sintomas relacionados com os gases, em comparação com as pessoas mais velhas.
Olafur Palsson, especialista do Departamento de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, e primeiro autor do estudo, considera que “a descoberta mais notável e surpreendente é que quase todos os adultos da população em geral têm alguns sintomas diários relacionados com gases. Isso é importante porque os dados também revelam claramente que esses sintomas afetam o bem-estar geral das pessoas. Ter uma grande quantidade destes sintomas intestinais comuns está associado a níveis mais elevados de depressão, ansiedade e stress, bem como a um comprometimento da qualidade de vida geral”.