“As pessoas com diabetes têm o dobro da probabilidade de sofrer de depressão. Isto torna o apoio psicológico essencial para estes doentes”, assegura María Teresa Anarte, professora na Universidade de Málaga, Espanha, e uma das investigadoras de um projeto internacional que desenvolveu uma aplicação que melhora o bem-estar físico e emocional dos doentes com diabetes tipo 1.
A ela juntaram-se ainda especialistas da Holanda, Alemanha e Reino Unido que, juntos, criaram a ‘app’ ‘MyDiaMate’, uma ferramenta de apoio à autogestão para reforçar a saúde mental em adultos que vivem com esta doença, procurando melhorar a sua qualidade de vida.
“Esta doença requer um estilo de vida diferente para aqueles que dela sofrem, com mudanças nas suas rotinas que os obrigam a estar sempre alerta”, explica Anarte, que usa a palavra “angústia” para se referir ao cansaço e ansiedade que a diabetes autocuidada causa nos doentes.
O objetivo final deste projeto, que será levado a cabo ao longo dos próximos quatro anos, é determinar a eficácia do “MyDiaMate” ao longo do tempo. Para este fim, receberam um apoio económico no valor de um milhão de euros da JDRF, a principal organização no mundo que financia a investigação sobre este tipo de diabetes.
Outro objetivo desta investigação é verificar as alterações no bem-estar emocional, fadiga e atividades de autocuidado da diabetes, bem como o controlo glicémico e a utilização dos serviços de saúde pelos participantes, em comparação com os cuidados habituais. Finalmente, vão ainda tentar estabelecer um perfil de utilizador, a fim de saber quem beneficiaria mais com a aplicação.
