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Portugueses consideram insuficiente apoios à investigação científica na área da saúde

investigação científica

Apenas 3 em cada 10 portugueses se consideram bem informados sobre aquilo que são a principal investigação e as inovações científicas na área da Saúde realizadas em Portugal. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Perceções e expectativas dos portugueses sobre a Ciência”, que avalia o nível de conhecimento e de interesse dos portugueses na Ciência.

Em Portugal, os apoios à investigação científica na área da saúde são, de acordo com os portugueses, insuficientes para as necessidades existentes. Esta posição ajuda a justificar que cerca de dois terços dos inquiridos considerem que, apesar de Portugal ter grandes cientistas, muitos têm de sair do País para conseguirem continuar a desenvolver o seu trabalho de investigação.

Apesar de quase 30% dos portugueses se considerarem mal informados sobre temas relacionados com a Ciência, 74,7% dos inquiridos afirmam terem por hábito pesquisar, por iniciativa própria, informação relacionada com Ciência, Saúde e novos desenvolvimentos científicos.

A busca faz-se, sobretudo, através da Internet (82,8%), em particular nos motores de busca e páginas generalistas, com 23,9% dos inquiridos a referirem utilizar já ferramentas de Inteligência Artificial para este tipo de procura. Aqui, as redes sociais são o canal cuja credibilidade é considerada “mais duvidosa”, enquanto as Publicações Científicas e as páginas de Internet oficiais acabam por ser, sem surpresa, as mais credíveis. Para metade dos inquiridos, a informação disponibilizada pelos motores de busca é também vista, por vezes, como duvidosa.

Na opinião da maioria dos portugueses, a Inteligência Artificial foi a área que mais evoluiu nos últimos 25 anos (77,5%) e será também aquela em que se registarão maiores desenvolvimentos nos próximos 25 anos (85,8%).

A Saúde surge, de forma destacada como a área pela qual os portugueses manifestam maior interesse, seguindo-se Ciência e Novas Tecnologias; sendo que Cultura completa o top 3 – a área da política acaba por ser a área à qual os portugueses apresentam menor interesse.

Só três em cada 10 inquiridos afirmam conhecer algum cientista ou alguém que se tenha destacado na área da ciência, e quando lhes perguntam quais as entidades ou instituições que lhes vêm à cabeça quando pensam em ciência, 20% não conseguem referir nenhuma. A Fundação Champalimaud (35,6%) é a Entidade ou Instituição portuguesa que os inquiridos mais se recordam quando pensam em “Ciência” e os cientistas portugueses mais referidos são Egas Moniz, António Damásio e  Sobrinho Simões.

A questão da comunicação em ciência é também referida, com mais de metade dos portugueses (55,5%) a considerarem que a forma como o conhecimento e os novos desenvolvimentos da investigação científica são comunicados é tendencialmente difícil de compreender para a generalidade das pessoas.

Os resultados do inquérito, realizado pela Spirituc, para a AstraZeneca Portugal, foram apresentados no evento que assinalou os 25 anos da farmacêutica, que serviu também de palco para uma reflexão sobre o papel da Ciência na Saúde no passado, presente e futuro. O evento assinalou, ainda, o Dia Mundial da Ciência, que se celebra a 24 de novembro.

Crédito imagem: Unsplash

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