
Uma mão robótica coberta de “pele inteligente”, que replica o sentido humano do tacto, está a ser desenvolvida por cientistas britânicos. O objetivo? Melhorar as próteses e construir robots com um sentido de toque.
Uma pele sintética, ultra-flexível e que “pensa por si mesma” é o objetivo do trabalho do professor Ravinder Dahiya, da Universidade de Glasgow. Uma pele que reage como a humana, que tem os seus próprios neurónios, capazes de responder de forma imediata ao toque, em vez de levar a mensagem ao cérebro.
Feita como transístores neuronais, esta “pele pensante” é composta por silício e grafeno, com um átomo de espessura, mas mais forte do que o aço.
E apresenta-se como uma versão mais poderosa, menos incómoda e capaz de funcionar melhor do que os protótipos anteriores, também desenvolvida pelo mesmo cientista e a sua equipa, na Bendable Electronics e Sensing Technologies, daquela universidade escocesa.
Projeto conquista financiamento milionário
Chamada neuPRINTSKIN (Neuromorphic Printed Tactile Skin), a investigação acaba de receber mais um financiamento, desta feita de 1.5 milhões de libras (cerca de 1.7 milhões de euros), atribuído pelo Engineering and Physical Sciences Research Council, uma instituição do Reino Unido.
“A pele humana é um sistema incrivelmente complexo, capaz de detetar pressão, temperatura e textura através de uma série de sensores neuronais, que transportam sinais da pele para o cérebro”, explica o professor.
“Inspirado na pele real, este projeto vai aproveitar os avanços tecnológicos em engenharia eletrónica para imitar algumas características da pele humana, como a suavidade, flexibilidade e, agora, também a sensação de toque.”