
É o único encontro em que é dado destaque às mais de 80 doenças autoimunes que se conhecem hoje em dia e que junta cerca de dois mil participantes de todo o mundo em apresentações sobre as novas técnicas terapêuticas, ferramentas de diagnóstico e investigação atualizada em diferentes áreas. E este ano o 11º Congresso Internacional de Autoimunidade realiza-se em Lisboa.
Presidido por um internista, Yehuda Shoenfeld, figura cimeira da autoimunidade mundial, conta com quatro especialistas de Medicina Interna em lugares de destaque: Carlos Vasconcelos, no cargo de presidente honorário, e Jorge Martins, Carlos Dias e Luís Campos em três das cinco vice-presidências.
“As doenças autoimunes estão em crescendo”, confirma Carlos Vasconcelos. “De facto, existe evidência de que as as doenças autoimunes estão a aumentar e há uma série de razões para que se tenha mais doenças autoimunes, não só porque as pessoas vão mais ao médico, mas também devido a fatores ambientais, que explicam parte do risco”, acrescenta o especialista.
Congresso dá contributo para a autoimunidade
Estabelecido por Yehuda Shoenfeld, este congresso, que se realiza de dois em dois anos, constitui uma rede de líderes internacionais em imunologia, reumatologia e noutras áreas, que dão o seu contributo para a autoimunidade.
Uma dessas áreas é a Medicina Interna, até porque, explica Carlos Vasconcelos, “as doenças autoimunes são sistémicas, podem envolver todo o organismo e ninguém melhor para se dedicar a estas doenças do que os internistas”.
A Medicina Interna em Portugal, através de mais de 300 médicos que se dedicam a esta área, assegura consultas de doenças autoimunes em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, tratando mais de 30.000 doentes e garantindo o acesso a uma abordagem atempada e diferenciada a terapêuticas inovadoras de forma equitativa, a nível nacional.