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Dieta e exercício melhoram resultados da quimioterapia em mulheres com cancro da mama

quimioterapia

Um novo estudo do Yale Cancer Center conclui que uma intervenção em termos de dieta e exercício pode melhorar os resultados das mulheres submetidas a quimioterapia para o cancro da mama.

Concluir o tratamento de quimioterapia é essencial para melhorar as probabilidades de sobrevivência do cancro da mama, mas muitas doentes não seguem o plano até ao fim devido aos efeitos secundários que acompanham os medicamentos de quimioterapia.

“Estamos sempre a ouvir as mulheres a dizerem que gostariam de ter melhores ferramentas para as ajudar a evitar efeitos secundários como a fadiga e o aumento de peso”, afirma Tara Sanft, professora e médica na Clínica de Sobrevivência do , nos EUA.

“Queríamos ver se uma dieta saudável e uma intervenção de exercício para o cancro da mama em fase inicial poderiam ajudar com os efeitos secundários e permitir que as mulheres tivessem mais facilidade em completar a sua quimioterapia.”

No estudo, publicado no Journal of Clinical Oncology, Sanft e os colegas, ofereceram a mulheres recentemente diagnosticadas com cancro da mama intervenções orientadas para a adoção de diretrizes dietéticas e de atividade física, com o objetivo de combater a quimiotoxicidade e melhorar a adesão ao tratamento.

Os investigadores afirmam que as mulheres que receberam a intervenção, que incluía sessões regulares de aconselhamento, relataram um aumento ao nível da prática de exercício físico e da ingestão de frutas e legumes. E ficaram surpreendidos ao descobrir que 53% das mulheres alvo desta intervenção tiveram uma resposta completa, ou seja, o desaparecimento de todas as células cancerígenas invasivas na mama, em comparação com apenas 28% das mulheres do grupo de controlo.

“É necessária uma explicação mais aprofundada, uma vez que não foi o principal resultado do nosso estudo”, afirma Irwin, “mas existe uma possibilidade interessante de a dieta e o exercício poderem influenciar os resultados da quimioterapia através de outros fatores que não apenas a quantidade de quimioterapia realizada”.

Sanft considera que os resultados provam que as pessoas podem desenvolver hábitos mais saudáveis durante o tratamento do cancro, mesmo que não os tenham tido antes. “Mesmo após o diagnóstico”, diz Sanft, “não é ‘demasiado tarde’ para os oncologistas recomendarem estes comportamentos saudáveis aos doentes”.

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