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Estudo revela que PHDA pode estar nos genes

PHDA

Já foi considerada resultado da má educação, de falta de disciplina ou problemas no cérebro. Agora, um novo estudo internacional revela que a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) está afinal nos genes.

“Esta é uma descoberta importante para a investigação da PHDA”, confirma Jan Haavik, investigador da Universidade de Bergen, na Noruega, um dos especialistas que contribuiu para o primeiro e maior estudo genético do género sobre este tema.

Um trabalho que comparou 20.000 pessoas com PHDA com 35.000 pessoas num grupo de controlo, e que confirma que o problema “não se deve à má educação, mau ambiente ou má atitude”.

O ambiente e a sua influência não é completamente retirado da equação, mas deixa de ser o protagonista. “Este estudo é o primeiro que mostra genes de vulnerabilidade para a PHDA. Isso não significa que o ambiente não tenha um papel. O ambiente influencia a forma como nos desenvolvemos e se os sintomas de PHDA vão ocorrer”, esclarece.

Mas o mais importante é, realça, que “as pessoas com PHDA lutam muitas vezes mais do que os outros. E quando estes não reconhecem os seus problemas como reais, isso pode tornar sua vida ainda mais difícil. Este estudo, no entanto, mostra que a PHDA é mais real e está, ainda que parcialmente, ancorada na biologia”, reforça o especialista.

Problema afeta 5 a 8% das crianças em idade escolar

Este é um problema definido por três sintomas principais: dificuldades na concentração, hiperatividade e impulsividade.

Ocorre em 5% das crianças e 2,5% dos adultos, que apresentam um risco superior de, entre outras coisas, abandonar os estudos, tornarem-se obesas ou ter filhos mais cedo.

Ao todo, 5 a 8% das crianças em idade escolar apresentam este problema, que se reveste de vários desafios para as próprias e para os pais, professores e quem com elas tem de lidar. 

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