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Exercício físico melhora significativamente a sobrevivência de doentes com cancro colorretal

exercício no cancro colorretal

Os doentes com cancro colorretal inseridos num programa de exercício estruturado apresentaram um risco 37% menor de morte e uma redução de 28% na recorrência ou no desenvolvimento de novos tumores, em comparação com aqueles que receberam apenas materiais educativos sobre saúde, revela um estudo recente.

Liderado pelo Canadian Cancer Trials Group e pela Waterloo Regional Health Network (WRHN), em parceria com a Universidade de Waterloo, no Canadá, este trabalho permitiu aos doentes acederem a intervenções de exercício supervisionadas e baseadas em evidências, adaptadas especificamente a quem se encontra em recuperação de tratamento oncológico.

Ao todo, participaram neste estudo 889 doentes de 55 centros clínicos, que determinaram que a integração do exercício físico no tratamento da sobrevivência transforma positivamente os resultados para os doentes.

“Este é um momento transformador na oncologia”, afirma Stacey Hubay, oncologista clínica e investigadora principal da WRHN. “Há muito que sabemos, empiricamente, que o exercício físico beneficia os doentes oncológicos, mas ver melhorias tão claras na sobrevivência livre de doença e na sobrevivência global, confirmadas por dados rigorosos, é extraordinário”, acrescenta.

“Estes resultados sugerem que o exercício físico deve ser incorporado no tratamento do cancro, não apenas como uma recomendação, mas como parte integrante do plano de tratamento, desde o diagnóstico até à sobrevivência.”

Impacto do exercício é “transformador”

O que começou como uma iniciativa para apoiar indivíduos em tratamento oncológico há mais de duas décadas expandiu-se para servir uma população mais ampla de doentes e oferecer opções de exercício contínuo, com evidências claras de que o exercício contribui para o bem-estar físico e mental durante toda a experiência do cancro.

Após os resultados do estudo, está a ser realizado um trabalho adicional que atualmente examina como o exercício pode compensar o declínio físico e cognitivo em homens com cancro da próstata metastático.

Para os doentes, o impacto é profundamente pessoal e transformador. “O estudo é um exemplo poderoso de como os hospitais comunitários podem contribuir significativamente para a investigação de alto impacto. A nossa participação demonstra que, com as parcerias e as infraestruturas certas, os programas comunitários de combate ao cancro podem impulsionar a inovação, melhorar os resultados e ajudar a moldar o futuro dos cuidados, não só a nível local, mas também a nível nacional e mais além”, explica Nicole Thomson, vice-presidente de qualidade, investigação e experiência do doente da WRHN.

 

Crédito imagem: Unsplash

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