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Ferramenta deteta ‘superalimentos’ falsificados

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Sementes de chia, pó de moringa, açaí ou bagas góji. A lista dos chamados ‘superalimentos’ não pára de crescer, apregoados que são os seus atributos para a saúde. E a lista de quem os compra também não, o que causa um desafio: quanto mais exóticos forem os produtos, mais aumenta o contrabando dos mesmos. É para o impedir que uma equipa alemã decidiu criar um código de barras genético.

“Graças à globalização, plantas medicinais específicas que crescem numa única região têm um mercado mundial”, afirma Peter Nick, especialista do Karlsruhe Institute of Technology (KIT). O que significa que a elevada procura, que nem sempre é correspondida com igual oferta, dá origem a um mercado de contrafação crescente.

Até os peritos têm dificuldade em identificar muitos destes ‘superalimentos’, que são, não raras vezes, “plantas exóticas que ninguém sabe como são”, acrescenta a mesma fonte.

E porque apenas algumas espécies têm as capacidades apregoadas, como é o caso do manjericão indiano, um tipo específico entre muitos outros existentes, com benefícios a nível respiratório, a lista de ingredientes que compõe este tipo de produtos é avaliada nos controlos de importação, avaliação feita com o auxílio, na maior parte dos casos, de descrições botânicas.

“Mas no caso, por exemplo, do pó de chia, este método não tem qualquer utilidade”, reforça Peter Nick.

É por isso que, juntamente com a sua equipa, decidiu desenvolver uma ferramenta que funciona como um avaliador digital da impressão genética para as espécies em causa. “O que se assemelha a um código de barras, que pode ser lido com o scanner correspondente,” reforçando a proteção aos consumidores destes ‘superalimentos’.