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Campanha alerta para importância de conhecer sintomas da insuficiência cardíaca em Portugal

insuficiência cardíaca

Tem mais de 20 anos o estudo que quantifica o número de pessoas que, em Portugal, vivem com insuficiência cardíaca. Uma ausência de dados que impede o conhecimento real sobre o impacto desta doença, que a julgar pelos resultados da investigação CaReMe HF, feita em 11 países, um dos quais o nosso (com uma amostra local), afetará até 2% dos adultos na Europa, América do Norte e Israel, colocando-os em risco acrescido de complicações e morte. Dados que justificam o lançamento de uma campanha de alerta nas redes sociais, a propósito do Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca, que deixa a certeza: “Coração Saudável. Coração Feliz”.

Esta campanha, uma iniciativa da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), da Sociedade Portuguesa de Cardiologia e da AstraZeneca, chama a atenção para os sinais deste problema, que se caracteriza pela incapacidade do coração em bombear o sangue de forma adequada e suficiente para suprir as necessidades de oxigénio e de nutrientes dos tecidos e órgãos, resultando numa acumulação de fluídos no organismo. Falta de ar (ou dispneia) e fadiga são os principais sintomas, mas podem surgir também tosse, dificuldade em dormir ou perda de apetite.

Segundo o presidente da AADIC, Luís Filipe Pereira, “esta campanha pretende divulgar o conhecimento da insuficiência cardíaca junto da população. Este objetivo é essencial, pois a insuficiência cardíaca é uma doença crónica mal compreendida pelas pessoas, muitas vezes tardiamente diagnosticada e com uma mortalidade elevada, superior à dos cancros mais comuns. Se, perante esta situação, considerarmos ainda, por um lado, que incide, em larga medida, nos estratos etários mais elevados e, por outro lado, o progressivo envelhecimento do País (Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo), torna-se evidente que esta doença poderá constituir, no futuro próximo,  uma das principais patologias, senão a principal”.

Para a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “a prevenção da insuficiência cardíaca é a medida fundamental para reduzir a prevalência desta entidade e para tal é de capital importância a promoção de estilos de vida saudáveis, incluindo a prática de exercício físico regular, dieta equilibrada, evitando o excesso de álcool, o controlo eficaz dos  fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes mellitus, o tabagismo e a obesidade”.

São ainda os dados do estudo CaReMe HF que mostram que a insuficiência cardíaca é responsável por uma taxa de mortalidade por todas as causas anual de 13% nos países avaliados e por custos hospitalares mais elevados do que outras doenças cardiovasculares, como o ataque cardíaco e o acidente vascular cerebral. O que justifica a importância da gestão da doença para melhorar a vida dos doentes e reduzir os custos em saúde.

Para mais informações sobre insuficiência cardíaca em Bate Certo Coração.

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