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Adesivos inteligentes serão capazes medir vários parâmetros e até fazer um ECG

adesivo inteligente

Se fosse possível monitorizar o estado dos doentes que necessitam de cuidados hospitalares de forma remota e sem interrupção? É nisso que se encontra a trabalhar um grupo de cientistas, que criou um tipo de adesivo inteligente, capaz de avisar o pessoal do hospital sobre os primeiros sinais de alerta de agravamento da condição de uma pessoa, sem demora, permitindo-lhes uma reação rápida, o que reduziria o perigo de complicações, mesmo as potencialmente fatais, e promoveria a recuperação. 

É nisso que trabalham especialistas do VTT Technical Research Centre of Finland, em busca de formas de monitorização remota fácil e confiável, um trabalho feito em conjunto com hospitais e empresas na área de tecnologias da saúde.

‘Estar de olho’ nos doentes, mesmo quando estes estão em casa, tornaria possível dar-lhes alta mais cedo, enviando-os para casa em segurança e economizando recursos de saúde.

“Estamos a desenvolver adesivos inteligentes flexíveis que podem medir a frequência respiratória, a saturação de oxigénio, a frequência cardíaca e a temperatura corporal, por exemplo, e podem até fazer um eletrocardiograma (ECG)”, explica Teemu Alajoki, investigador da VTT.

“Um adesivo que enviaria dados para um sistema capaz de os analisar e produzir informações de acompanhamento, enviando alarmes. Por exemplo, um doente que recupere de uma cirurgia pode mover-se livremente enquanto as medições são feitas, em vez de ficar deitado numa cama rodeado por fios”, reforça.

Adesivo inteligente em breve no mercado

Braceletes de atividade e cintos de monitorização cardíaca são exemplos de aparelhos eletrónicos que se podem ‘vestir’. O objetivo da VTT é substituir dispositivos pesados ​​por adesivos inteligentes, quase impercetíveis, que oferecem um excelente conforto para o utilizador e podem ser produzidos em grande quantidade por apenas alguns euros.

A estrutura de um ‘smart patch’ é baseada na eletrónica impressa que a VTT, pioneira na área, desenvolve para diversos atores há cerca de vinte anos.

Um material de base flexível, que se estica e move de um rolo para outro, como numa impressora, sendo o circuito impresso nele com tinta condutora. Componentes separados, como circuitos integrados, são fixados na base com adesivo condutor, e isso também pode ser feito automaticamente.

A VTT está também a desenvolver análises de dados que seriam capazes de avaliar mudanças nas várias medições e compará-las com outras medições do doente. Na melhor das hipóteses, o sistema produziria alarmes automáticos para avisos sonoros sobre mudanças no estado do doente.

Com a ajuda dos tipos certos de análise, um adesivo inteligente pode também ajudar as pessoas a monitorizar a sua própria forma e saúde da mesma forma que os relógios inteligentes fazem, só que com mais precisão.

A VTT espera que os primeiros adesivos inteligentes cheguem ao mercado no prazo de dois ou três anos. Os projetos de investigação já deram um passo em direção a soluções de outro nível, a eletrónica epidérmica, que seria ainda menos percetível para o utilizador do que o adesivo. 

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