Não é preciso fazer exercício. Não é necessário correr, esticar os músculos, fazer qualquer esforço. Basta estar. De acordo com um novo estudo, passar 20 minutos num parque urbano vai torná-lo mais feliz, independentemente de estar ou não a exercitar-se durante a visita.
Num estudo, publicado no International Journal of Environmental Health Research, investigadores da Universidade do Alabama partiram do princípio de que os parques urbanos têm sido reconhecidos como espaços importantes, que dão aos habitantes das cidades a possibilidade de apreciarem a natureza e participarem em diferentes atividades.
O contacto com o meio ambiente e a participação em atividades que promovem a saúde ou a socialização permitem benefícios para saúde física e mental, como redução do stress e recuperação da fadiga mental.
A importância crescente dos parques urbanos
Hon K. Yuen, investigador principal, explica que a intenção original do projeto era validar os resultados de pesquisas anteriores sobre o impacto das visitas ao parque no bem-estar emocional e sobre o impacto da realização de atividades físicas.
“No geral, descobrimos que os visitantes relataram uma melhoria no bem-estar emocional após a visita ao parque”, refere Yuen. “No entanto, não encontramos essa associação com os níveis de atividade física”, acrescenta.
O que significa, segundo Gavin R. Jenkins, outro dos autores do trabalho, que potencialmente todas as pessoas podem beneficiar do tempo passado no parque.
“Se a pessoa não puder ser fisicamente ativa devido ao envelhecimento, deficiência ou quaisquer outras limitações, ainda pode obter benefícios para a saúde apenas a partir de uma visita a um parque local.”
O especialista salienta a existência de “uma pressão crescente sobre os espaços verdes dentro de ambientes urbanos”, reforçando que “quem faz a planificação urbana tem procurado substituir estes espaços por imóveis residenciais e comerciais. Mas o desafio das cidades é responder à evidência cada vez maior sobre o valor dos parques urbanos”.