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Investigadores criam ‘app’ para avaliação rápida do risco de coronavírus

risco de coronavírus

Uma ‘app’ associada à inteligência artificial poderá estar disponível em breve, possibilitando uma avaliação do risco de coronavírus sem sair de casa, com base nos sintomas e onde esteve. Com resultados em cerca de um minuto, permitirá direcionar aqueles considerados em risco para as instituições de saúde.

Desenvolvida por investigadores do Medical College of Georgia, nos EUA, a novidade ajudará ainda a fornecer às autoridades locais e de saúde pública informações em tempo real sobre os dados demográficos emergentes daqueles em maior risco de coronavírus, para que possam direcionar melhor as iniciativas de prevenção e tratamento.

“Queríamos ajudar a identificar pessoas com risco elevado de coronavírus, ajudar a acelerar o acesso de triagem e os cuidados médicos e reduzir a propagação desta doença infecciosa”, afirma a propósito Arni Rao, diretora do Laboratório de Teoria e Modelagem Matemática daquela universidade e autora correspondente do estudo.

Rao e o coautor, Jose Vazquez, estão  a finalizar a ‘app’, que deverá estar disponível dentro de algumas semanas e será gratuita, uma vez que se trata de um problema de saúde pública.

Avaliação do risco de coronavírus sem sair de casa

A aplicação questionará às pessoas sobre onde moram, recolhendo dados demográficos, como sexo, idade e raça e referentes ao contacto recente com indivíduo conhecidos por terem coronavírus ou que viajaram para áreas como Itália e China, com uma incidência relativamente alta da infeção viral nos últimos 14 dias.

Também irá perguntar sobre sintomas comuns de infeção e a sua duração, incluindo febre, tosse, falta de ar, fadiga, dor de cabeça, diarreia e pneumonia, permitindo a recolha de informações semelhantes para quem mora com o indivíduo.

A inteligência artificial usará um algoritmo, desenvolvido por Rao, para avaliar rapidamente as informações do indivíduo, fazendo uma avaliação de risco (sem risco, risco mínimo, risco moderado ou alto) e alertando as instituições de saúde mais próximas com a capacidade de teste de que uma verificação de saúde é provavelmente necessária.

Se o doente não se puder deslocar, a instituição será notificada da necessidade de uma verificação de saúde móvel e de possíveis testes remotos.

A recolha de informação de muitos indivíduos ajudará também na identificação rápida e precisa de regiões geográficas, incluindo cidades, vilas e aldeias onde o vírus estará a circular, e o risco relativo nessa região, para que os serviços e prestadores de serviços de saúde possam preparar melhor os recursos que podem ser necessário, explica Rao.

Algo que irá ainda ajudar os investigadores a aprender mais sobre como o vírus está se está a espalhar.

Quando a ‘app’ estiver pronta, deverá ser disponibilizada nas plataformas iOS e Android.

“Estamos a tentar diminuir a exposição de pessoas doentes a pessoas que não estão doentes”, refere Vazquez. “Queremos também garantir que as pessoas infetadas tenham um diagnóstico definitivo e recebam os cuidados de suporte de que precisam.”

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