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Nova unidade de investigação junta 500 investigadores de 8 universidades portuguesas

investigação científica

Acaba de ser criada uma nova Unidade de Investigação em Portugal – RISE-Health -, que junta 50 investigadores de oito universidades nacionais, que irá resultar num aumento de massa crítica, além de proporcionar maiores sinergias, multi e interdisciplinares, que se irá traduzir numa grande abrangência científica e num aumento de coesão territorial entre o litoral e o interior do
País.

As duas unidades de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), o CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e a UnIC – Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular, acordaram no processo de fusão, que se alargou também a uma outra unidade do ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da U.Porto, o MedInUP – Centro de Investigação Farmacológica e Inovação Medicamentosa e ainda ao CICS-UBI – Centro de Investigação em Ciências da Saúde, com sede na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

Assim, já no final de 2024, o RISE-Health integrará mais de 500 doutorados com múltiplas origens académicas e competências diversificadas, focados na investigação clínica e de translação, na saúde digital e inteligência artificial, nas biotecnologias e na inovação biomédica, na saúde da comunidade e na investigação em enfermagem.

De sublinhar ainda que este redobrado esforço de investigação centrar-se-á na procura de novos conhecimentos e soluções inovadoras relativamente às doenças cardiovasculares, degenerativas e inflamatórias, incluindo o cancro, as quais são causas maiores de mortalidade e de morbilidade, em Portugal.

Sediada na já quase bicentenária FMUP, esta nova unidade de investigação terá polos de gestão em quatro unidades orgânicas da U.Porto (ICBAS e Faculdade de Farmácia, Faculdade de Medicina Dentária e Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação), para além de 10 outros, nomeadamente em cinco universidades públicas (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade do Algarve, Universidade de Aveiro, Universidade da Beira Interior e Universidade da Madeira) e duas instituições de Ensino Superior Privado (Universidade Fernando Pessoa e Universidade Portucalense).

Esta grande abrangência do RISE-Health permite envolver ativamente quatro Escolas Médicas (FMUP, ICBAS, Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da UAlg) e 3 Escolas de Enfermagem (Escola Superior de Enfermagem do Porto, Escola Superior de Saúde Santa Maria e Escola Superior de Enfermagem do IP Santarém).

Finalmente, será ainda de realçar que uma proporção muito significativa dos seus investigadores trabalha em importantes Centros Académicos Clínicos do Norte, Centro e Sul do País, envolvendo um número significativo de hospitais e centros de saúde de referência e com ensino universitário, de que são exemplos os das recentemente criadas Unidades Locais de Saúde (ULS) de São João, de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos.

Com o seu já testado modelo distribuído e integrado de governança, o RISE-Health pretende ainda vir a ser um bom exemplo de desenvolvimento sustentável do Sistema Científico Nacional, apresentando-se como uma solução inovadora, eficiente e complementar ao modelo preconizado, nos finais dos anos 80, por Mariano Gago.

De facto, no RISE-Health as instalações e equipamentos científicos existentes nos seus múltiplos polos de gestão estarão ao dispor dos seus investigadores que neles trabalham diariamente, promovendo assim uma melhor articulação da investigação com o ensino bem como da prática clínica com a inovação biomédica.

Em 2025, deverá decorrer o processo de avaliação dos Laboratórios Associados (LA), sendo que o LA agora conhecido como RISE deverá ser extinto, dando lugar a uma nova entidade, designado por RISE-LA, que ambiciona vir a constituir-se no maior laboratório associado na área da Medicina Clínica e da Saúde em Portugal, em alinhamento com a presente estratégia da FCT para os LA que visa diminuir o seu atual número, de modo a aumentar, em paralelo, a sua qualidade e eficiência.

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